Postado em 14/05/2025 às 11h58
Recentemente, num seminário sobre estabilização e mitigação de desastres em encostas, alguns relatos me inquietaram mais que todos os gráficos com índices pluviométricos catastróficos que vi: Instrumentos de medição, sensores e estruturas instalados nessas regiões de risco, cuja finalidade é única, a de salvar vidas, foram furtados — Piezômetros, Inclinômetros, tubos metálicos dos barramentos, cabos e perfis, atenuadores de energia dos detritos, arrancados e levados como se fossem sucata.
Eram instrumentos de controle e medição do comportamento das encostas. Sem eles, perde-se a chance de fazer previsões. Perde-se a chance de se emitir alertas de risco iminente e a ausência desses dados pode custar muito caro — vidas, patrimônios, histórias.
Essa constatação é mais do que um episódio isolado. É reflexo de uma cultura que ainda não compreende o valor da prevenção e parece não ter nem ideia do que vem a ser, comunidade.
A engenharia tenta se antecipar. A tecnologia está aí, disponível. Mas quando não há respeito pelo propósito, tudo se desfaz.
Não há avanço tecnológico e empenho técnico que resistam à essa indiferença.
Enquanto continuarmos tratando ciência como sucata, seguiremos vulneráveis e provavelmente, contabilizando perdas humanas.
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