Quem nunca sentiu um calafrio ao ver uma obra pesada começando ao lado de casa? E para quem constrói, o medo é o mesmo: ser acusado por problemas que já existiam no imóvel vizinho. A frase “essa trinca apareceu por causa da sua obra!” é o estopim de muitos dissabores. No entanto, para evitar esse desgaste, existe um dos investimentos mais modestos e mais inteligentes de todo o processo: a Vistoria Cautelar de Vizinhança. Pense nela como a inspeção que você faz ao alugar um carro. Você não tira fotos de todos os arranhões e amassados antes de sair com o veículo? A vistoria é exatamente isso. Um profissional faz um “raio-x” completo dos imóveis vizinhos antes mesmo da simples limpeza / raspagem do terreno da nova obra, documentando cada fissura e cada anomalia existente. É a prova que protege o construtor de culpas indevidas e garante a paz de todos. E falando em deveres de vizinhança, outro ponto crítico é a água da chuva. A regra é clara e segue a natureza e a lei: o terreno em nível mais baixo deve, sim, receber e dar o destino correto às águas que escoam naturalmente do vizinho de cima. Não se pode, simplesmente, “represar” o vizinho e depois reclamar de infiltrações. Estando em cota mais baixa, construindo antes ou depois do vizinho em nível superior, deve-se, inevitavelmente, prever que “de cima, sempre vem água”. Você já passou por alguma situação assim? E já buscou por um profissional experiente, de engenharia ou arquitetura, para te apoiar?