Planejamento Patrimonial e Sucessório não é mais um luxo ou uma discussão distante. A partir do próximo ano, com a entrada em vigor das novas regras da reforma tributária, ele passa a ser uma ferramenta de sobrevivência empresarial.
Os empresários enfrentarão um cenário significativamente mais hostil. Haverá aumento da carga tributária efetiva, maior rigor nos controles fiscais, cruzamento massivo de dados, redução de margens e um nível de fiscalização que muitas empresas jamais experimentaram. Quem hoje já opera no limite sentirá primeiro. Quem não se organizar, sentirá de forma mais profunda.
A ilusão de que “depois se resolve” tende a custar caro. Muitas empresas simplesmente não suportarão o impacto combinado de novos tributos, mudanças na lógica de créditos, exigências acessórias mais complexas e fiscalização em tempo real. Não se trata de pessimismo, mas de realidade técnica. O sistema foi redesenhado para arrecadar mais e com menos margem de erro.
Nesse contexto, o Planejamento Patrimonial e Sucessório surge como uma estratégia essencial. Ele permite organizar o patrimônio, segregar riscos, reduzir impactos tributários dentro da legalidade e, principalmente, proteger a família e a empresa contra crises, bloqueios e sucessões desorganizadas. Sem planejamento, o empresário fica exposto em todas as frentes: fiscal, societária, patrimonial e familiar.
Além disso, em um cenário de maior pressão fiscal, estruturas mal organizadas tendem a ruir rapidamente. O planejamento bem feito antecipa problemas, cria alternativas e dá ao empresário tempo e controle, dois ativos que se tornarão raros nos próximos anos.
O próximo ano exigirá decisões maduras. Quem agir agora terá opções. Quem deixar para depois poderá não ter escolha. A pergunta não é mais se o planejamento é necessário, mas se haverá tempo para fazê-lo quando os efeitos da reforma começarem a ser sentidos.