É comum ouvir de alguns patriarcas a frase: "Depois que eu morrer, eles que se virem com o inventário! Vou estar morto mesmo!" Ao pé da letra, até faz sentido, afinal, o patrimônio é dele, e ele não estará mais aqui para lidar com os desdobramentos. Contudo, poucos refletem sobre um cenário ainda mais desafiador: e se a esposa falecer antes dele?

Hoje, o patriarca pode ter controle praticamente absoluto sobre seu patrimônio, mas, com o falecimento da esposa, metade do patrimônio será transferida para os filhos como herança. Isso muda tudo. Se os filhos forem casados, seus cônjuges passam a influenciar diretamente no patrimônio familiar. Imagine precisar de autorização dos filhos – e até de genros ou noras – para tomar decisões importantes sobre os bens que ele mesmo construiu. Em alguns casos, pode ser necessário vender imóveis ou outros ativos para garantir a divisão de bens, gerando conflitos e desgastes emocionais e financeiros.

Agora, compare isso com a alternativa de uma holding familiar. Com ela, o patriarca e sua esposa mantêm o controle total sobre o patrimônio até que ambos venham a falecer. Só então os filhos assumem sua parte. Esse planejamento evita interferências externas, elimina conflitos, reduz custos e elimina o inventário – um processo caro e demorado.

Criar uma holding é um ato de responsabilidade e cuidado com o futuro da família. Se o patrimônio é fruto de tanto esforço, ele merece ser protegido. E você, patriarca, está preparado para tomar essa decisão?