Quando se fala em sucessão familiar, muitos imaginam que tudo se resolverá naturalmente. Contudo, o que ocorre, na prática, é exatamente o oposto. Quando o patriarca falece, inicia- -se um processo que poderá surpreender qualquer família: bloqueio de contas, paralisação de empresas, imóveis impedidos de serem vendidos ou alugados e, sobretudo, a obrigação imediata de pagar impostos elevados antes mesmo de qualquer bens ser partilhado. O risco cresce porque a Reforma Tributária trouxe duas mudanças decisivas: o aumento progressivo do ITCMD e a obrigatoriedade de avaliar imóveis sempre pelo valor de mercado, sem qualquer brecha para valores venais defasados. Assim, heranças que antes custariam 4% passarão facilmente a 8%, dobrando o impacto financeiro sobre famílias que já se encontram fragilizadas pelo falecimento de um ente querido. A ausência de uma estrutura empresarial definida obriga viúvas, filhos e sócios a enfrentarem procedimentos longos, caros e burocráticos, que poderão comprometer até 15% do patrimônio. Muitos, sem liquidez para pagar impostos e custas judiciais, acabam sendo forçados a vender imóveis às pressas, perdendo parte do patrimônio construído ao longo de toda uma vida. A verdade é simples: quem se antecipa protege. Quem adia entrega ao acaso — e ao Estado — decisões que deveriam ter sido planejadas com serenidade. Ao compreender esses riscos e agir preventivamente, cada família assegurará a preservação do patrimônio construído ao longo de toda uma vida e afastará conflitos que, na maioria das vezes, surgem apenas pela ausência de planejamento. E, caso o leitor deseje avaliar de forma precisa como essas estratégias podem ser aplicadas à sua própria realidade, será indispensável buscar a orientação de um profissional realmente especializado no tema, capaz de oferecer segurança técnica, clareza jurídica e uma visão prática das melhores soluções sucessórias