Publicado em 30/04/2016 às 12h02 Indaiatuba Variedades
O Dia das Mães celebrado no próximo domingo, dia 8, é a segunda data mais rentável ao comércio.
Apesar do otimismo dos comerciantes ouvidos pela reportagem do Mais Expressão, o aumento nas vendas deve ser apenas “singelo” este ano.
Para a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), as vendas devem ser 1,3% melhor comparado ao ano passado.
Em entrevista, o economista da Acic, Laerte Martins, avalia que a crise econômica do Brasil influência as pessoas e condiciona as possíveis intenções de compra, tendo em vista o nível de preocupação com juros altos e inflação.
Para piorar, segundo Martins, o salário teve uma redução de 3,54% na média, o que faz com que o poder de compra seja afetado.
Segundo ainda o economista, a perda do emprego somado ao atual cenário de instabilidade faz com que o consumidor opte por economizar. “No ano passado os filhos gastaram em média R$ 232 com um presente. Este ano o valor não deverá subir”, prevê.
Na prática, as pessoas deixam de comprar presentes de maior valor, como geladeiras, máquina de lavar, eletrodomésticos e trocam por bens de consumo menos duráveis e de menor valor agregado.
Avaliações feitas pela Acic na Região Metropolitana de Campinas (RMC) dão conta de que em 2015 o faturamento no Dia das Mães foi de R$ 658 milhões em vendas. “Nossa expectativa é um crescimento baixo de 1,3%. Geralmente essa porcentagem gira em torno de 5,5% e 7%. Essa previsão está afetada pela conjuntura que estamos passando”, diz Martins.
O aumento nas vendas, mesmo que baixo, já é motivo para o comerciante ficar mais aliviado, de acordo com o economista.
No ano passado cerca de 1,5 mil pontos comerciais tiveram suas portas fechadas na RMC, confirmando o impacto da situação de dificuldade econômica, segundo levantamento da entidade.
A reportagem também questionou a Associação Comercial Industrial e Agrícola de Indaiatuba (Aciai) sobre as vendas para o Dia das Mães, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.
Indaiatuba
O diretor da loja Nab Perfumaria, Tércio Toledo, conta que está otimista, espera um aumento de 5% no faturamento e que preparou uma estratégia para alavancar as vendas. “Lançamos a promoção Concurso Cultural Belo Fio, a qual na compra de três produtos desta linha profissional capilar, o cliente recebe um cupom, responde a pergunta referente a marca e concorre a prêmios”, explica.
Segundo Toledo, a média de preços na loja toda é de R$ 20 e os produtos que mais saem no Dia das Mães são perfumes importados e kits de maquiagem. “São opções mais em conta, para não deixar de presentear as mães nesse dia especial”, diz.
A proprietária da Flor de Liz – Floricultura e Presentes, Cintia Larentis, também está confiante e acredita num aumento de 20% nas vendas para a data, pois diante da crise, seus produtos são mais acessíveis ao bolso do consumidor.
A floricultura, que está localizada no Jardim Califórnia, tem variação de preço que vai de R$ 12 à R$ 90 para as flores e de R$ 79 à R$ 129 para as cestas decoradas, mesma média de preços praticados no ano passado.
As flores que mais são vendidas são as rosas em primeiro lugar e depois as orquídeas, que apesar do valor um pouco mais alto, são escolhidas pela durabilidade, segundo a proprietária.
O Dia das Mães será um momento de recuperar o fôlego, pois os últimos meses foram difíceis. “Nosso produto é supérfluo. Estamos sofrendo com a crise. Nos últimos cinco meses tivemos uma queda de 30% no faturamento mensal”, conta Cintia.
Ainda de acordo com a empresária, o fato dos supermercados estarem vendendo flores colaborou pra queda de sua venda.
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