Tarifa do transporte público pode aumentar

A Viação Indaiatubana, responsável pelo transporte coletivo na cidade, solicitou à Prefeitura que a tarifa passe dos atuais R$ 3,20 para R$ 4,14. O secretário de comunicação social, Odair Gonçalves de Oliveira, informou à reportagem que o pedido da empresa ainda está sendo analisado e não há previsão de quando isso ocorra, mas ressaltou que o aumento não deve ser no valor requerido pela empresa.  
O último aumento na passagem dos ônibus aconteceu em novembro do ano passado, quando passou de R$ 2,90 para R$ 3,20. De acordo com Odair, o reajuste não é obrigatoriamente anual e a Viação Indaiatubana terá que apresentar argumentos que justifiquem o pedido de reajuste. “O aumento pode ocorrer, porém para isso é preciso que demonstrem que tiveram aumento em gastos, como manutenção dos ônibus e com pessoal, e que investimentos tenham sido feitos para promover um melhor transporte coletivo”, explica. 
A informação sobre o pedido de aumento no valor da passagem vem a público na mesma semana em que motoristas da empresa entraram em greve por dois dias e meio. No último sábado, dia 21, os trabalhadores cruzaram os braços e se recusaram a cumprir o itinerário por que a empresa não havia depositado o adiantamento salarial no dia anterior. O mesmo aconteceu no domingo e na manhã de segunda-feira, dias 22 e 23. 
Segundo o diretor do Sindicato dos Motoristas, Claudemir Aparecido dos Santos, nenhum dos 62 ônibus saiu da garagem e 100% dos motoristas (cerca de 90 profissionais) não trabalharam. “A empresa colocou um aviso que só depositaria no dia 27 e aí os motoristas optaram pela greve. Foi tudo pacífico, nada de problemas, por que também entendemos que a crise está afetando a todos”, diz. “O salário era pra ser depositado dia 6, mas só recebemos dia 10, porém esperamos que daqui pra frente se normalize, afinal é um direito deles.”
Por volta das 12 horas da segunda-feira, a empresa conseguiu realizar o depósito e os motoristas voltaram às ruas. 
A Prefeitura informou que está sendo aberto um processo administrativo para investigar o acontecimento. Nos próximos dias, a Viação Indaiatubana deve ser notificada oficialmente para apresentar as justificativas da greve. O prazo para as alegações é de cinco dias. Após a entrega do relatório, uma comissão julgará se as alegações apresentadas pela empresa são procedentes. 
Caso as justificativas não sejam aceitas, a Indaiatubana será multada por cada viagem não realizada. O valor ainda está sendo contabilizado pela Prefeitura, mas a estimativa é que a penalidade seja de quase R$ 132 mil para o sábado e R$ 90 mil para o domingo. A multa para a segunda-feira ainda está sendo cotada.
A reportagem questionou o Executivo sobre o porquê não existir uma segunda empresa de transporte coletivo na cidade e foi informada que não há lei que determine que tenha que ter mais empresas de ônibus baseado no número da população. A Prefeitura ressaltou apenas que está sendo definidas novas linhas para entrar em licitação. 
O último contrato da Viação Indaiatubana foi assinado em 2006 e tem vigência até 2021.
A reportagem do Mais Expressão contatou a Viação Indaiatubana durante toda a semana, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.