Publicado em 19/10/2018 às 08h49 Internacional Mundo
Moisés Rabinovici*
Um dos 15 sauditas suspeitos da execução do jornalista saudita Jamal Khashoggi, em Istambul, morreu em um acidente de carro em Riad.
Para o jornal turco Yeni Safak, o suspeito foi queima de arquivo. Os detalhes da morte no trânsito do tenente da Força Aérea Meshal Saad Al-Bostani ainda são desconhecidos.
Mais uma testemunha deverá ser eliminada, previu o jornal turco Hurriyet: o cônsul saudita Mohamed Al-Otaibi. Quando ele pediu que não torturassem Khashoggi em sua sala, um dos executores reagiu: “silêncio, do contrário você não chegará vivo a Riad”.
Este diálogo está no áudio que a Turquia tem vazado a conta-gotas. O cônsul já está em Riad.
Só alguém como o general Ahmed Al-Assiri poderia tê-lo calado e ameaçado. E só alguém como ele serviria para absolver o principal suspeito da execução de Khashoggi, o príncipe Bin Salman, se for acusado ou assumir a culpa pela operação em Istambul, no último dia 2 de outubro.
Esta é a versão em gestação no reino saudita, diz o jornal The New York Times. O presidente Donald Trump admitiu ontem (18) que Khashoggi “parece que está morto”, dezessete dias depois do anúncio de sua morte.
A Casa Branca oscila entre os valores e os interesses dos Estados Unidos na Arábia Saudita.
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