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PL prevê a inclusão de artistas negros na publicidade

Projeto prevê a inclusão mínima de 29,41% nas campanhas da Prefeitura

 Publicado em  20/06/2014 às 09h53  Indaiatuba  Política


Está em discussão na câmara o Projeto de Lei nº 006/2014, de autoria do vereador Derci Jorge Lima (PT), que dispõe sobre a inclusão do artista e modelos negros nos filmes e peças publicitárias da Prefeitura. Após receber pedidos de vistas, o PL retornou ao Plenário e foi aprovado em primeira votação na última segunda-feira, dia 16, durante a 16ª Sessão Ordinária da Câmara de Indaiatuba. 
O projeto prevê que a Prefeitura, ao contratar serviços de publicidade e propagando, faça a inclusão mínima de 29,41% de artistas e modelos negros, no desenvolvimento dos produtos publicitários. 
Como justificativa no Projeto, o vereador Derci ressalta que o PL visa permitir maior acesso e oportunidades a artistas e modelos negros. O vereador salienta ainda que, em muitas oportunidades, os trabalhos publicitários são negados a homens e mulheres, não por não terem capacidade para tal função, mas sim porque não se enquadram em um suposto “padrão” de beleza determinado pelo mercado publicitário. 
Para o vereador, é importante que o Poder Público combata, cada vez mais, esse tipo de atitude que marginaliza os negros e os excluir por meio de um pensamento racista. Ainda na justifica, Derci salienta a importância do Município em se engajar contra uma possível "ditadura da beleza", demonstrando assim que o combate ao racismo, inclusive nos meios de comunicação e publicidade.
Durante a discussão do projeto, na última segunda-feira, o autor do PL ressaltou que com aprovação do mesmo, Indaiatuba segue o exemplo de outros Municípios. “Trata-se de um projeto que visa conceder mais oportunidade aos artistas negros. É um projeto que vem sendo constituído em várias cidades do País”, ressalta. 
 
Opinião 
Para o publicitário Jorge Vitor Barreto Rubens, de 24 anos, a medida é providencial para a cidade. “Eu concordo, pois é notório que há uma tentativa implícita de rechaçar o negro de peças publicitárias”, ressalta. “Acredito que nada mais justo que nos encaixar neste meio, pois também somos parte da cidade como um todo e o que se vê na publicidade é o contrário. É ilusório, pois não dá a entender que somos uma cidade totalmente miscigenada como Indaiatuba na realidade é.”
Já para o também publicitário Bruno Almedia, de 22 anos, a determinação da Lei é um pouco contraditória. “Acredito que, mesmo com o objetivo de fazer uma inclusão social, a partir do momento em que você dá privilégio a uma parte da população, seja ela negra, branca ou parda, você automaticamente está diferenciando ela e assim excluindo-a novamente”, salienta. “Acredito que atualmente o negro já é mais respeitado, porém ele ainda é mais cobrado pela sociedade, mas sempre vão te observar pra ver seu comportamento. Mas não é com essa lei que vamos mudar isso, por isso sou contra.”
O projeto passará ainda pela Câmara, para segunda votação, e deve ser ainda sancionada pelo prefeito. A próxima Sessão Ordinária da Câmara acontece na próxima segunda-feira, dia 23, às 14h30. 
 

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