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Novo secretário diz que a Prefeitura fará diagnóstico por bairro

Décio Rocha entende que a pasta da Assistência Social vai trabalhar melhor se conhecer os problemas antes de agir

 Publicado em  03/06/2022 às 10h51  Indaiatuba  Política


Lucas Mantovani

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A pasta de Assistência Social de Indaiatuba tem um novo secretário há quase dois meses. Por conta do processo de desincompatibilização de Hélio Ribeiro (Republicanos), antigo titular, que renunciou ao cargo para viabilizar a sua pré-candidatura a deputado federal, Décio Rocha (Republicanos), que está licenciado do seu mandato como vereador, assumiu a função. Depois de algumas tentativas frustradas, o Mais Expressão conseguiu uma entrevista exclusiva com o novo comandante da pasta, que comentou os planos que pensou, a política municipal e as eleições.

Dentre as principais novidades da pasta sob o seu comando, Décio comentou que realizará uma pesquisa de diagnóstico. Segundo o secretário, a administração municipal contratou uma empresa para fazer um diagnóstico da necessidade específica de cada bairro da cidade, isso a partir do ponto de visto dos moradores. “Esse diagnóstico vai ajudar a trabalhar na prevenção, já com ações antes de os problemas surgirem, né? O diferencial de Indaiatuba é esse: pensar em políticas públicas com antecedência”. Décio também repetiu um mantra do prefeito Nilson Gaspar (MDB), que diz sempre pensar no planejamento para 2035.

Essa programação ficou famosa de tanto que o chefe do Executivo comenta a respeito e também por ter sido criado um grupo de estudos visando encontrar soluções para a cidade até o ano programado. Ao ser questionado sobre a atual situação de Indaiatuba, o chefe da pasta de Assistência Social disse que não tem visto uma situação alarmante igual ao resto do país, mas citou as drogas como um dos grandes problemas. De acordo com o secretário, muitos do que estão na rua são jovens adultos, principalmente homens, que abandonaram tudo por causa do vício. “Tem pessoas aqui do nosso município em situação de rua que tem casa própria, tem pai, tem mãe, tem esposa. Não são todos, tá? Não estou generalizando”, ressaltou.

Dentre outros projetos citados que estão no radar do secretário está o programa “Família Acolhedora”, que facilita o acolhimento de crianças e adolescentes que passam por problemas familiares. Décio também disse estar quase iniciando o projeto de “Inclusão Produtiva”, hoje restrito apenas a um Cras (Centro de Referência de Assistência Social). No projeto, mulheres em situação de vulnerabilidade aprendem a confecção de roupa.

Décio Rocha finalizou uma parte da entrevista dizendo que o seu sonho é zerar as situações de vulnerabilidade social, mas reconheceu ser impossível. “Meu sonho é capacitar as pessoas, para que elas não precisem mais de ajuda. Não é que a gente não quer trabalhar, estamos aqui para isso, mas eu acho, não sei se você me entende, seria uma sociedade ideal”, finalizou.

O sonho mexe tanto com o trabalho da secretaria, que o fez cogitar a mudança de Assistência Social para Desenvolvimento Social. “O termo assistência dá impressão de só receber, um certo comodismo. Agora, desenvolvimento é ajudar a pessoa não só hoje, no que ela precisa, mas sempre, empurrando ela para a frente, para se capacitar, desenvolver e poder ajudar outras pessoas no futuro”.

 

Permanência no cargo ainda é incerta

Há 30 anos à frente da Igreja Universal, o agora secretário de Assistência Social Décio Ribeiro disse que desenvolve projetos sociais há muitos anos, ainda assim, contou que não esperava ser chamado para o cargo no lugar do seu companheiro de partido, Hélio Ribeiro (Republicanos). “Foi uma surpresa, meu nome foi cogitado pela experiência prática. Na parte técnica, ainda estou aprendendo, mas temos vários técnicos para ajudar nas questões específicas”.

O convite aconteceu justamente após o processo de desincompatibilização do ex-secretário, que obrigatoriamente precisou se desligar do cargo para tentar disputar as eleições. Ao ser pergunta- do sobre a sua situação caso o ex-secretário não dispute ou consiga a legenda e não conquiste uma das vagas ao Congresso Nacional, Décio desconversou. “O futuro a Deus pertence”, ao que completou com “a gente vai ficar [dependendo] da vontade de Deus e da canetada do Nilson Gaspar (prefeito da cidade)”, emendou.

Décio também afirmou que a sua continuidade não depende somente do resultado eleitoral, mas do trabalho que ele está desenvolvendo. “Vai depender muito do dia a dia, do trabalho desenvolvido e dos resultados da pasta, acho que é o que condiciona a gente para continuar no cargo”.

Próximo a Pepo Lepinsk (MDB), presidente da Câmara, e tendo seu companheiro de bancada concorrendo ao mesmo cargo, Décio evitou demonstrar tendência para um dos lados, se limitando a dizer que torce pelo dois. “Eu vou ficar bem em cima do muro, torço pelo sucesso do Hélio e também do Pepo. Eu torço pelo grupo e os dois são do nosso grupo, qualquer um que ganhar vou ficar feliz e se os dois ganharem eu vou ficar mais feliz ainda”, comentou.

Assim como as principais lideranças locais que disputam votos, ele também disse acreditar ser importante votar em pessoas da cidade para cargos representativos nas esferas federais. “Indaiatuba carece de recursos federais, tem muitos recursos federais que poderiam vir para o nosso município, mas se você não tem lá um deputado ativo, atuante, então a gente da cidade perde dinheiro”. (LM).

 

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