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Morte por febre maculosa é averiguada

Carmelina Alves Reis, 58 anos, ficou três dias internada e faleceu no último dia 13

 Publicado em  20/09/2019 às 09h24  Indaiatuba  Cidades


Moradora do Colinas do Mosteiro de Itaici, Carmelina Alves Reis, de 58 anos, faleceu no último dia 13 de setembro, vítima de febre maculosa. O Mais Expressão conversou com seu marido, Antônio Pereira Reis, que confirmou a informação, que consta no atestado de óbito. Questionada, a Prefeitura afirmou que o caso está em investigação e aguarda a confirmação de análise do Instituto Adolfo Lutz, que deve ser divulgada ainda hoje (20).
“Onde moramos tem muita capivara, mas nunca tínhamos encontrado nada parecido”, afirma Antônio. “Minha esposa ficou três dias internada (no Hospital Augusto de Oliveira Camargo), com muita febre, vômito, dores nas costas e na barriga. Foi devastador”. O marido da vítima afirma ter tirado três carrapatos de sua esposa. “Também tinha um carrapato em mim, mas fiz diversos exames e nada foi detectado”. As capivaras são hospedeiras da bactéria da febre maculosa, que é transmitida aos humanos pela picada do carrapato-estrela.
Por meio de nota enviada na última terça-feira (17), a Prefeitura informou que a equipe de Vigilância em Saúde intensificou uma ação de prevenção e informação sobre os cuidados com a febre maculosa no bairro Colinas do Mosteiro de Itaici, distribuindo material informativo e tirando dúvidas dos moradores. Segundo a nota, a ação será mantida até hoje (20). 
O Mais Expressão entrou em contato com a Associação de Moradores dos Loteamentos Colinas do Mosteiro, Recanto dos Pássaros e Terras de Itaici de Indaiatuba (ACMTI), que por e-mail enviou a seguinte resposta na última terça-feira (17): “A Associação Colinas do Mosteiro e Terras de Itaici não recebeu, até o presente momento, nenhuma informação por fontes oficiais, somente por familiares da vítima. Estamos em contato com as autoridades para maiores esclarecimentos quanto à causa do óbito e, caso confirmada a doença, se foi contraída nos bairros de atuação desta associação”, destaca Tatiane Lino, líder administrativa da associação. 
“No mais, informo que a ACMTI sempre observou as orientações dos órgãos ambientais sobre os cuidados necessários com capivaras e carrapatos”, completa, informando ainda sobre a ação implantada pela equipe da Vigilância em Saúde da Prefeitura.  
Em informativo atualizado na última quarta-feira (18), a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde atualizou o número de casos de febre maculosa registrados na cidade este ano. Foram 18 notificações, sendo que 13 casos foram descartados e outros cinco aguardam resultado. Destes, apenas um óbito está em investigação. 
Tratamento
Segundo o Ministério da Saúde, a doença se manifesta com febre de início súbito, dor de cabeça, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, começando nos pés e mãos e lesão no local onde o carrapato ficou preso. É importante avisar o médico também se a pessoa frequentou área sabidamente de transmissão de febre maculosa nos 15 dias anteriores.
Nos humanos, a doença tem alta letalidade e é adquirida pela picada do carrapato infectado com a bactéria Rickettsia rickettsii e a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode pica e permanece aderido ao corpo, portanto, quanto mais rápido os carrapatos forem retirados, menor será o risco de contrair a doença.
O tratamento se dá com antibióticos que, em caso de suspeita, devem ser prescritos imediatamente, mesmo antes da confirmação laboratorial do caso. Não é recomendada a terapia com antibióticos para indivíduos sem sintomas que tenham sido recentemente picados por carrapatos.

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