Morre mulher baleada pelo marido

Neide Boulhosa de Almeida, de 48 anos, morreu no Haoc

Publicado em 29/08/2014 às 15h29 Indaiatuba Polícia

Morreu na manhã de sexta-feira, dia 22, a dona de casa Neide Boulhosa de Almeida de 48 anos, que foi baleada pelo próprio marido no dia 26 de julho. Neide estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) desde a noite do crime.

O marido da dona de casa, o eletricista Paulo Jair Pinto de Almeida, de 49 anos, se matou após efetuar os disparos. O crime ocorreu no Jardim Adriana e de acordo com a Guarda Civil, o eletricista chegou à residência, fechou o portão e quebrou a chave dentro do miolo da fechadura. Portando um revólver calibre 38, Almeida entrou na casa e efetuou um disparo contra Neide, que estava sentada no sofá da sala.

O tiro acertou o pescoço da dona de casa. Em seguida, o eletricista foi ao banheiro e atirou contra a própria cabeça.

Ao chegarem à residência, os guardas encontraram a vítima consciente. No banheiro, os guardas encontraram a arma dentro da pia e o corpo do eletricista com ferimento próximo ao ouvido direito.

A filha do casal contou aos guardas que não estava em casa na hora do crime e que ao chegar em casa, encontrou a mãe baleada e o pai no chão do banheiro.

A dona de casa informou aos guardas que o marido efetuou o disparo sem motivo algum e que o eletricista não apresentava problemas depressivos. Neide foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Haoc, onde seguia internada em estado grave.

Brigas

Na ocasião, a reportagem do Jornal Mais Expressão conversou um vizinho do casal, que relatou que as brigas entre eles ocorriam com frequência. “Ouvíamos discussões e brigas, mas nunca imaginamos que ele poderia fazer algo assim. Era um homem calmo, tranquilo, nunca causou problemas com ninguém. A única coisa que todos percebiam é que o casal não vivia bem, pois brigavam sempre”, conta.

A desempregada Francini Pessoello, de 21 anos, amiga da filha do casal, também relatou as constantes desavenças. “A Patrícia (filha do casal) sempre me contava das brigas, mas disse que nunca imaginou que o pai poderia fazer uma coisa dessas. Dizia que ele era um homem normal, tranquilo, mas que discutia frequentemente com a dona Neide”, disse. “A Patrícia até já saiu de casa por causa dessas desavenças dos pais.”

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