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Ministério Público investiga abastecimento de água

O inquérito recomenda que o Poder Público avalie a possibilidade de declarar situação de emergência ou de calamidade pública.

 Publicado em  31/10/2014 às 09h27  Indaiatuba  Cidades


O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), por meio da Promotoria de Justiça do Consumidor e pela Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo abriu inquérito para investigar de que forma está sendo realizado o abastecimento de água em Indaiatuba. O inquérito foi instaurado no último dia 20.

O inquérito recomenda que o Poder Público avalie a possibilidade de declarar situação de emergência ou de calamidade pública, diante da grave escassez de água. 

O Jornal Mais Expressão teve acesso ao inquérito que destaca ser de competência do Município fornecer água de qualidade e manter o fornecimento à população. O documento ressalta ainda que a situação de estiagem não pode ser tomada como motivo para uma possível falta de abastecimento visto o histórico de altos índices de chuva na região, que é de conhecimento do MP, do Poder Público e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). 

O inquérito afirma que o Ministério Público tem ciência das ações realizadas para manter o abastecimento, porém afirma que os mesmos têm se mostrado insuficientes. Dessa forma, recomenda-se que o poder público verifique a urgência de declarar situação de emergência ou de calamidade pública. 

Em entrevista, o superintendente do Saae, Nilson Alcides Gaspar, disse ter conhecimento sobre o inquérito. “Fomos informados sobre a ação do MP, que quer saber de que forma estamos mantendo o abastecimento da cidade. Temos dez dias para reunir todas as provas necessárias para comprovar o que está sendo realizado e já iniciamos este processo”, garante.

Gaspar também falou da situação atual do fornecimento de água para a população e disse que a cada dia é uma situação diferente. “Não falamos nada em longo prazo, tudo é uma questão de dia a dia. Têm dias que os rios estão com uma boa vazão, já em outros o nível baixa drasticamente e precisamos redobrar os trabalhos”, afirma. 

 

Rodízio 

O superintendente ressaltou que desde o anúncio do rodízio de água na Zona Norte da cidade, há três semanas, o panorama mudou muito. “Primeiro a população se desesperou e muitas pessoas compraram caixas para armazenar água, com isso o aumento no consumo de água foi de 50%. Depois tivemos diversos problemas de vazamento e isso também prejudicou o abastecimento, pois temos que parar a rede até resolver”, explica. 

Atualmente, Gaspar afirma que o consumo se normalizou e além de uma maior consciência da população, muitas pessoas possuem água armazenada e isso contribuiu para uma redução de 30% no consumo. 

No entanto, o superintendente ressalta que não é recomendável que as pessoas armazenem água em casa, devido ao enorme risco de proliferação da dengue e a possibilidade que outras pessoas acabem ficando sem água. “Se chover nos próximos dias termina o rodízio, se não a medida continua e até o fim do ano não descartamos risco de racionamento. Tudo isso claro, se não chover significativamente.”

Com a falta de chuva uma das principais atitudes da população foi deixar de lavar o carro. No entanto, alguns estabelecimentos que trabalham com a limpeza de veículos têm recebido filas de clientes e se tornaram alvo de criticas de moradores. 

Segundo Gaspar, esses lugares em sua maioria possuem poços de água. “A maioria possui poços e independem da água do Saae, outros não. No entanto, é preciso lembrar que esses locais precisam da água para trabalhar e é dessa forma que se sustentam. O que buscamos fazer é vistoriar para que eles foquem no aproveitamento máximo da água”, declara.

 

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