Média salarial de Campinas e região para posição de alto escalão se iguala a de São Paulo

As cidades de médio porte têm atraído cada vez mais os investimentos das empresas. A diminuição de custos devido aos incentivos fiscais, a disponibilidade de espaços maiores para crescer e sistema logístico favorável ao escoamento da produção estão entre os principais fatores que incentivam esse movimento das empresas rumo ao interior. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC) não é diferente. Segundo a Fundação Seade, o local foi o destino de R$ 20,7 bilhões em investimentos em 2012, volume 46,8% maior que em 2011.

Com a crescente interiorização do mercado, a busca por profissionais na região segue o mesmo ritmo. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2013, a Região Metropolitana de Campinas foi a oitava no país em criação de vagas formais de trabalho entre as dez maiores do País, ficando à frente de Belo Horizonte e Belém. A região respondeu por 3,68% das contratações do Interior nesse período.

Com o aquecimento do mercado, o salário na RMC para posições de alto escalão se igualou ao da capital paulista. Segundo levantamento da Fesa, consultoria de busca e seleção de altos executivos, a média salarial de Campinas cresceu de 20% a 30% nos últimos cinco anos, dependendo do tipo de posição, o que a iguala com São Paulo. Entre as altas posições mais demandadas na RMC nos últimos dois anos estão Diretoria Financeira, Gerência Geral e Diretoria Industrial.

“Apesar das empresas preferirem profissionais locais, muitas acabam deixando a questão da procedência do candidato de lado, pois optam por executivos dotados com as competências chaves para o melhor resultado da companhia. Contudo, muitas delas exigem que o executivo mude-se com a família para o interior, o que não tem sido um impeditivo na maioria dos casos”, explica Camila Marion, Vice President e Partner da Fesa.

O salário atrativo aliado a qualidade de vida de uma cidade do interior vem atraindo os profissionais da capital. A Fesa aponta que, em 2012, quase 35% dos profissionais da capital foram para empresas na RMC para preencher a demanda de executivos em altas posições e, em 2013, este número passou a quase 45%.

“São profissionais na faixa dos 40 a 50 anos, principalmente. Muitos buscaram a capital paulista anos atrás, como uma das poucas alternativas para o crescimento profissional e, agora, fazem o caminho inverso para proporcionar um ambiente de qualidade na criação dos filhos, sem deixar de lado suas carreiras”, complementa Camila.

Por outro lado, a executiva da Fesa pondera que as companhias devem analisar não apenas a formação e o perfil técnico desses profissionais, mas principalmente os aspectos comportamentais, que são os decisórios no sucesso ou fracasso em nível sênior em qualquer organização. “A mudança da capital ao interior geralmente envolve não apenas o candidato, mas também sua família e a capacidade de adaptação ao novo ambiente.”

Sobre a Fesa

A Fesa é líder em retained executive search no Brasil, com 19 anos de atuação na busca e seleção de executivos para posições de primeiro nível, como conselheiros, diretores e presidentes. É responsável por mais de 6.400 projetos desenvolvidos para mais de 2.000 empresas, que geraram a contratação de mais de 6.000 executivos, entre eles cerca de 130 CEOs e 1.000 “C-Level”, no Brasil e no mundo. A Fesa está presente em todo o Brasil com escritórios em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre, através de um forte time composto por 30 Sócios especializados.