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Inovação foi decisiva para levar Unicamp ao topo da América Latina

Ranking da Times Higher Education destaca relacionamento da Universidade com o setor empresarial

 Publicado em  19/08/2017 às 12h40  Campinas  Educação


Das estaduais paulistas, a UNICAMP é a que mais tem atividades de pesquisa colaborativa com empresas.

Das estaduais paulistas, a UNICAMP é a que mais tem atividades de pesquisa colaborativa com empresas.
Foto: Divulgação

Pouco mais de 50 anos depois de sua fundação, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) alcançou o topo do ranking entre as universidades da América Latina, analisadas pela THE (Times Higher Education), graças sobretudo a um indicador: a inovação.

Alinhada às demandas do setor produtivo desde sua fundação, em 1966, justamente pelo conceito de universidade concebido por seu primeiro reitor, o professor Zeferino Vaz, a Unicamp acumula em sua trajetória feitos expressivos nessa área, que não apenas a fazem referência nos cenários nacional e internacional, como demonstram a eficiência de suas políticas de inovação e empreendedorismo.

De acordo com a Times Higher Education, neste critério é analisada a capacidade da universidade para auxiliar a indústria com inovações, invenções e consultoria. São considerados, no indicador de transferência de conhecimento, o quanto as empresas estão dispostas a pagar pela pesquisa e a capacidade de a universidade atrair financiamento no mercado.

Em entrevista à Unicamp, Ellie Bothwell, da Times Higher Education, afirmou que foi observado na Unicamp um aumento nos investimentos per capita feitos pela indústria. “As universidades do país estão lutando devido à crise econômica, mas o Brasil ainda possui o mais alto nível de investimento nacional em pesquisa e desenvolvimento (P&D) na região, e é por isso que é o país mais representado no ranking”, afirma. Lembrando que, nesta edição, 18 universidades brasileiras figuram entre as 50 primeiras do ranking. No ano anterior, eram 23.

No caso da Unicamp, só em 2016, foram fechados acordos da ordem de R$ 59,6 milhões em parcerias com empresas voltadas para P&D. O valor é mais do que o dobro em relação a 2015, que foi de R$ 26 milhões, de acordo com dados da Agência de Inovação Inova Unicamp.

Na opinião do secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Álvaro Prata, o bom desempenho da Universidade está atrelado ao fato de a Unicamp ser dinâmica, capaz de combinar “muito bem ensino e pesquisa”. “É uma instituição aberta para a sociedade e que estimula as relações entre o mundo acadêmico e o setor industrial”, afirma.

Para o reitor da Unicamp, professor Marcelo Knobel, o fato de a Universidade ter nascido com esse DNA ligado à tecnologia permitiu que a Unicamp construísse esse bom relacionamento com o setor produtivo desde o começo. Exemplo disso, segundo Knobel, foi a participação da universidade na década de 1970 no desenvolvimento das telecomunicações no Brasil. “Os impactos dessa interação com o setor empresarial são muito positivos, porque vão além da pesquisa. Isso resulta em novas tecnologias, que geram benefícios para a sociedade. E permite também a formação de recursos humanos mais capacitados”, avalia.

Para o professor do DPCT (Departamento de Política Científica e Tecnológica) da Unicamp e Coordenador Ajunto de Pesquisa para Inovação da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Sérgio Queiroz, o trabalho que a Universidade tem feito de divulgação de suas atividades relacionadas à inovação a coloca como referência na área. “A Unicamp é, das três universidades paulistas, a que mais tem atividades de pesquisa colaborativa com empresas. E, possivelmente, tem também uma liderança nacional nesse assunto”, avalia.

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  • Das estaduais paulistas, a UNICAMP é a que mais tem atividades de pesquisa colaborativa com empresas.

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