Indaiatuba entra em estado de alerta por baixa umidade do ar

O Departamento de Defesa Civil decretou estado de alerta em Indaiatuba devido à baixa umidade relativa do ar. Conforme dados da Defesa Civil a cidade registra em torno de 16,6% quando o nível ideal para o organismo humano é entre 40% e 70%, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Diante da situação recomenda-se evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11h e 15h, umidificar o ambiente e permanecer em locais protegidos do sol, em áreas com vegetação e consumir água a vontade, além de utilizar soro fisiológico nas narinas e olhos.
Além de Indaiatuba, outras cidades também estão em estado de alerta como Campinas (17,1% de umidade), Holambra (19%) e Engenheiro Coelho (19,4%).
De acordo com o coordenador da Defesa Civil do município, Paulo César Feijão, faz 35 dias que não chove na cidade. “A última chuva ocorreu no dia 12 de junho, e teve um baixo volume de precipitação de água: apenas 16 milímetros. Desde maio, tivemos 69 dias sem chuva e apenas 8 dias com chuvas”, revela. 
Segundo a meteorologista Amanda Souza da Somar Meteorologia, é normal no inverno a estação ser mais seca, no entanto, durante este ano de 2018, tem-se observado uma anomalia, onde o tempo está mais seco que o normal. “Isso ocorre por conta de ser um período de transição com o término do fenômeno La Niña e também com a formação de um bloqueio atmosférico, que acaba impedindo as frentes frias de avançarem em direção ao Sudeste, pois quando conseguem passar do Sul do país, logo desviam em direção ao oceano. Então, com essas frentes frias mais costeiras, a chuva não ocorre no centro do país”, enfatiza.
De acordo com a OMS o horário crítico, em geral, ocorre entre 15h e 16h, período em que a umidade do ar fica mais baixa, e os prejuízos para a saúde se tornam mais evidentes como dor de cabeça, complicações alérgicas, sangramento nasal, garganta seca e irritada, sensação de areia nos olhos, ressecamento da pele e cansaço.

Queimadas
Segundo Feijão, a Prefeitura, junto com o Corpo de Bombeiros, atua no combate a focos de incêndio.  “As queimadas combatidas com ajuda da Defesa Civil passam de 45 no prazo de 3 meses, sem contabilizar as queimadas combatidas somente pelo Corpo de Bombeiros”, conta. 
Ainda de acordo com o coordenador, as queimadas influenciam muito na qualidade do ar. “É muito difícil trabalhar essa conscientização com as pessoas e infelizmente ainda existe a cultura de atear fogo para roçar o mato e isso precisa acabar, pois a cidade toda sofre com isso, principalmente em tempo de seca e acabam surgindo muitos problemas respiratórios nas pessoas”, explica. “Lembramos que, conforme a lei, quem efetuar queimadas estará sujeito a multa por crime ambiental, cujos valores variam de acordo com a extensão dos danos”, finaliza.
Confira algumas medidas são imprescindíveis nesta época do ano
- Aumentar a hidratação, ingerindo mais água, suco natural e água de coco;
- Refeições leves, inclua as frutas e legumes; 
- Uso de soro fisiológico em abundância, várias vezes ao dia, tanto as narinas como nos olhos, para evitar o ressecamento; 
- Hidratantes na pele e nos lábios; 
- Evitar realizar atividade física em horários de pico, entre 10 e 16 horas;
- Uso de bacias com água ou toalhas molhadas no ambiente;
- Uso de umidificador deve ser feito com moderação, evite deixar o aparelho ligado por muitas horas seguidas, pois pode aumentar a quantidade de umidade e mofo no ambiente, piorando quadros respiratórios e alérgicos; 
- Evitar ambientes com aglomeração de pessoas em locais fechados, como shopping center, cinemas e supermercados, pois contribui para a transmissão de doenças respiratórias;