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Fapesp criará oito centros de pesquisa

Ação ocorre em parceria com Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação e Comitê Gestor da Internet no Brasil

 Publicado em  16/12/2019 às 12h10  São Paulo Capital  Cidades


Oito Centros de Pesquisa Aplicada (CPA) em Inteligência Artificial serão criados no Brasil por meio de uma cooperação entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI).

O acordo de cooperação foi anunciado pelo ministro Marcos Pontes, durante a cerimônia de abertura do Fórum Regional de Inteligência Artificial da América Latina e do Caribe, realizada na Cidade Universitária da Universidade de São Paulo (USP), na última quinta-feira (12).

Os CPAs estarão dedicados ao desenvolvimento de pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, aplicadas e orientadas à resolução de problemas que possam ser resolvidas por meio de inteligência artificial. Os quatro primeiros centros, dois em São Paulo e dois em outros estados, terão por áreas focais Saúde, Agricultura, Indústria e Cidades Inteligentes.

Vale destacar que cada CPA poderá receber até R$ 1 milhão por ano da Fapesp e mais R$ 1 milhão de empresas privadas parceiras. Os centros serão apoiados por cinco anos, renováveis por mais cinco, dependendo dos resultados alcançados.

Cronograma

O edital com chamada de propostas para a constituição dos quatro primeiros centros será publicado no próximo dia 18 de dezembro. O prazo para a apresentação de propostas irá até 20 de maio de 2020. A divulgação das propostas selecionadas será feita em 20 de outubro de 2020.

O ministro Marcos Pontes, o presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, e o conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil, Eduardo Fumes Parajo, assinaram publicamente o documento durante a cerimônia de abertura do Fórum Regional.

“É importante ressaltar a experiência que a Fapesp tem nesse tipo de editais. Cada um desses oito centros trabalhará em rede com outras instituições, grupos e pessoas, que atuam na área pelo Brasil. Existe a possibilidade de que outras redes venham a ser desenvolvidas”, explicou o ministro à Agência Fapesp.

“Trabalhamos intensamente nos últimos meses para a formular esse acordo com o objetivo de criar os centros. Eles deverão concentrar pesquisadores de diversas áreas: Matemática, Física, Engenharia, Ciência da Computação, Medicina, Economia e Ciências Sociais. Os espaços se voltarão à resolução de questões práticas, mas também para o promover o conhecimento básico”, salientou à Agência Fapesp Marco Antonio Zago.

A Fapesp, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e outras agências brasileiras têm apoiado a pesquisa e a formação de recursos humanos em Inteligência Artificial desde os anos 1970. A capacidade acumulada fornece experiência para a iniciativa recém-acordada.

Pesquisas

Os primeiros passos rumo à inteligência artificial foram dados ainda durante a Segunda Guerra Mundial, com os trabalhos pioneiros do matemático britânico Alan Turing. Mas a área só deslanchou realmente com o grande aumento do poder computacional (big data) e os avanços na aprendizagem de máquina (machine learning). Estados Unidos, China, Índia, Japão e União Europeia já elaboraram estratégias específicas para o desenvolvimento setor.

“A pesquisa na área é crítica em vários países do mundo. Isso é um indicativo do impacto que terá no conjunto da atividade econômica e em políticas públicas no Brasil. O lançamento da chamada em 18 de dezembro mobilizará empresas e institutos de pesquisa para dar um passo nessa direção”, enfatiza à Agência Fapesp Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da Fundação.

Fórum

A USP sediou o Fórum Regional sobre Inteligência Artificial na América Latina e Caribe, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e pelo Governo Federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), nos dias 12 e 13 de dezembro.

O objetivo foi conscientizar e promover a reflexão sobre as oportunidades e os desafios que a inteligência artificial e suas tecnologias representam para sociedades, governos, organizações e cidadãos. O fórum também explorou o potencial do tema ​​em relação aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Este evento é uma grande oportunidade para interagirmos com os participantes e mostrar o que estamos fazendo nessa área na Universidade. Temos trabalhado com esse tema nas últimas três décadas e é muito bom vermos que, agora, estamos realmente cuidando dessas novas ferramentas para o desenvolvimento da sociedade em vários aspectos”, afirma o reitor da USP, Vahan Agopyan, ao Jornal da USP.

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