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Entenda a importância do tratamento transdisciplinar para crianças com autismo

Para o psicólogo Guilherme Guedes, é a melhor forma de estimular o desenvolvimento global

 Publicado em  27/08/2021 às 12h31  Indaiatuba  Saúde


Bárbara Garcia
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O tratamento transdisciplinar, explicado de forma mais simples, é uma forma terapêutica em que várias áreas da Saúde dialogam e têm objetivos em comum na hora de atender a criança. Não é apenas contar com várias práticas de terapia, mas mais do que isso, a integração entre elas.

“Uma área invade a outra no bom sentido: o psicólogo pode contribuir com a Musicoterapia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicopedagogia, Terapia Ocupacional e vice-versa.  São vários profissionais colaborando entre si”, explica Guilherme Guedes, coordenador de uma clínica de reabilitação infantil.

No caso das crianças diagnosticadas com TEA (transtorno do espectro autista), elas costumam apresentar “um atraso global no desenvolvimento”: em outras palavras, significa que elas têm dificuldades múltiplas, que podem ser motoras, cognitivas, sociais, de linguagem, de interação com outras pessoas. Por conta de a criança já precisar do auxílio dessas várias terapias, é mais interessante e eficiente ainda quando todas as áreas contribuem umas com as outras.

“O tratamento transdisciplinar é o que mais apresenta evidências científicas de sucesso. Nós, os profissionais da reabilitação, nos unimos com o mesmo objetivo de correr atrás dos prejuízos que o diagnóstico causa, e assim é possível aumentar bastante os ganhos da criança”, explica o especialista.

Ele também salienta que é importante respeitar os limites de cada caso, para que a criança não se sinta cobrada excessivamente ou de forma agressiva. Assim, o tratamento transdisciplinar é até hoje o que existe de mais novo, eficiente, e comprovado cientificamente para a reabilitação.

Além disso, Guilherme também explica que é importante que a equipe transdisciplinar tenha um líder, para fazer a supervisão. Um profissional com mais experiência, que possa organizar os planos terapêuticos, que são personalizados para cada criança. “O supervisor ajuda na integração entre as áreas, mas principalmente para garantir que tudo seja feito com ética e respeito”, reforça.

Quando esse trabalho é feito de forma intensiva, com várias horas de tratamento na semana, ela consegue se aproximar cada vez mais do que é considerado saudável: “dentro das condições dela, queremos sempre que consiga desenvolver a linguagem, o raciocínio, as funções motoras, a interação com os pares, cada vez com mais funcionalidade, para que ela consiga ter uma vida melhor, em todos os aspectos”, afirma o psicólogo.

Como conclusão, Guilherme afirma: “Nesses casos, o tratamento transdisciplinar é extremamente importante, se faz necessário, e é, comprovadamente, o que faz a diferença entre uma criança que se desenvolve rápido e adequadamente, daquelas que, sem o tratamento, poderão encontrar mais barreiras”.

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