Publicado em 24/09/2021 às 23h18 Indaiatuba Saúde
Bárbara Garcia
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Dia 27 de setembro foi instituído por lei o Dia Nacional da Doação de Órgãos. A data tem o objetivo não apenas de incentivar a população ao ato de doar órgãos, tecidos e células, mas principalmente incentivar a conversa sobre o assunto dentro das famílias.
Este debate é de grande importância porque legalmente, só a família pode decidir se os órgãos serão doados ou não. Significa que a informação de ser ou não doador que pode constar no documento de identidade ou na carteira de motorista não tem valor legal, mas comunica a família sobre a vontade da pessoa.
Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que consta no site da instituição, identificou as três principais causas da taxa de recusa das famílias: dificuldade de compreensão do diagnóstico de morte encefálica, e portanto, de entender que a pessoa faleceu; falta de preparo da equipe médica para fazer a comunicação e ainda a religião.
Em Indaiatuba, dados do Hospital Augusto Oliveira Camargo (Haoc) mostraram que em 2018, houve dois casos de falecimento com doação. Em 2019, o número aumentou, foram quatro casos. Em 2020, já em meio a pandemia do coronavírus, o número voltou a baixar, foram dois casos, um em 15 de março, e outro em primeiro de julho.
Os órgãos mais doados nesses três anos registrados foram rins, em oito casos; córneas, em sete casos, fígado, em seis casos. Também foram registrados dois casos de doação de ossos, não sendo especificada a quantidade ou qual parte, dois casos de doação de coração e uma do pâncreas.
O protocolo de doação após a morte determina a morte cerebral do paciente com várias etapas rigorosas de diagnóstico. São, portanto, casos específicos, em que dá tempo de comunicar a família. Feito isso, os hospitais de referência são avisados: no caso do coração, o Incor, de São Paulo, e dos outros órgãos, o Hospital da Unicamp. Somente a captação é feita no HAOC, o transplante para outro paciente é realizado em outros hospitais.
Também é possível a doação em vida, no caso de órgãos duplos, como os rins. No caso do fígado e pulmões, apenas uma parte do órgão pode ser doado. A medula óssea também pode ser doada por aspiração óssea direta ou pelo sangue.
O doador em vida precisa ser considerado uma pessoa saudável dentro dos parâmetros médicos e capaz juridicamente para concordar com o ato.
O ato da doação é nobre e pode salvar vidas. Muitas vezes é a única chance de recomeço para quem precisa de transplante. Pense nisso, e converse com sua família.
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