Publicado em 12/03/2012 às 15h40 Brasil Variedades
A comunidade científica sinaliza que o grafeno é o candidato natural a substituir o silício como matéria-prima onipresente na vida tecnológica. Quando isso ocorrer, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) estará em posição de destaque entre os institutos de pesquisa no Brasil. É o que afirma o professor Eunezio Antonio de Souza (Prof. Thoroh), que com o professor Christiano de Matos lidera o Grupo de Fotônica da UPM e conduz os esforços da instituição rumo ao alto nível nos estudos de grafeno e nanomateriais. Nesse sentido, um acordo internacional e um projeto para construção de centro de pesquisas avançadas dentro do Mackenzie já estão em curso.
O professor se dedica aos projetos de captação de recursos para construção do Centro Mackenzie de Pesquisas Avançadas em Grafeno e Nanomateriais (MackGraf), em fase de envio às agências de fomento científico. Paralelamente, a parceria com a NUS já vigora, com visitas cruzadas entre pesquisadores e treinamento de brasileiros em Cingapura, que deve receber em breve um aluno de doutorado da UPM como intercambista. Quando o MackGraf passar a operar, a meta do Mackenzie é ampliar gradativamente as pesquisas próprias na área, alterando a natureza da colaboração com a NUS e atingindo o mesmo patamar de qualidade nas pesquisas realizadas aqui em um intervalo de cinco anos.
Mãe do grafite
O grafeno é uma monocamada bidimensional de cristal, tal qual uma folha em escala microscópica, que sobrepostas geram o grafite e, enroladas, formam nanotubos. Foi descoberto em 2004 pelos russos Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester (Inglaterra), reconhecidos com o Prêmio Nobel de Física de 2010 graças ao estudo desse material de múltiplas propriedades físicas.
“O grafeno é a mãe de todas as formas de grafite. Os ganhadores do Nobel transformaram uma folha dele em nanochip, o que representou uma revolução tecnológica”, explica Thoroh. Além de excelente condutor elétrico e térmico, o grafeno é altamente estável, ao contrário do silício (material dos atuais transístores), que se oxida, degrada e se torna instável quando reduzido em suas dimensões.
Segundo o docente da UPM, há muitos grupos de pesquisa sobre nanotubos no País, inclusive o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanomateriais de Carbono. Porém, poucos trabalham com grafeno e o MackGraf deve ser o primeiro centro de grande porte no segmento. A iniciativa se alinha ao trabalho do Grupo de Fotônica, vinculado à Escola de Engenharia, e também se abre a doações para se tornar realidade. “Acreditamos que há muitos mackenzistas que poderiam contribuir, em um gesto de gratidão e seguindo o espírito americano, para nos ajudar nessa grande construção”, declara o professor Thoroh de Souza.
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