Contas rejeitadas pelo Tribunal são aprovadas na Câmara

A Câmara votou favorável ao Projeto de Decreto Legislativo nº 005/2015 que aprova as contas do Município em 2012, as mesmas que foram rejeitas pelo Tribunal de Contas de São Paulo (TCESP) no final do ano passado. O Projeto foi aprovado por nove votos a dois durante a sétima Sessão Ordinária da Câmara, realizada na última segunda-feira, dia 6. 

O vereador Carlos Alberto Rezende Lopes, o Linho (PT), foi um dos que votou contra ao projeto. “Desde que assumi meu primeiro mandato, sempre votei favorável aos pareceres do Tribunal”, justifica.

Além de Linho, quem também votou contra o projeto foi o vereador Bruno Ganem (PV). Seguindo o mesmo discurso do Petista, Bruno ainda lembrou que o que levou a rejeição das contas de 2012, pelo Tribunal, foi o investimento de R$ 53 milhões feito pela Prefeitura local no Banco BVA. “Entendo que temos que seguir o parecer do Tribunal, algo que é mais técnico e sempre norteou nossas decisões”, lembra. “Se não fosse essa perda talvez a cidade estaria numa condição mais tranquila.”

O vereador ressaltou que o dinheiro aplicado numa instituição publica poderia ter sido investido na saúde pública, que foi considerada por Ganem como “péssima” atualmente. 

Contrário 

O vereador Hélio Ribeiro (PSB) lembrou ainda da construção de novas unidades de saúdes e reformas em outros postos, além da atuação constante do Conselho Municipal de Saúde. “As melhorias são necessárias, mas não aceito o discurso de que tudo está um porcaria", rebate. 

Ganem reconheceu os investimentos realizados em outros setores da cidade, mas voltou a criticar o sistema de Saúde. “A Saúde de Indaiatuba não é simplesmente ruim, é péssima. Não somente péssima, mas é uma das piores”, criticou.  “Somos a terceira pior cidade da RMC (Região Metropolitana de Campinas) em mortalidade infantil. Somos a quarta pior expectativa de vida da RMC. Caímos mil posições nos últimos 20 anos em termos nacionais. A gente precisa realmente olhar para os dados, porque tem gente morrendo por falta de cirurgia, por falta de exame, gente que está morrendo por falta de medicamentos.”

O Líder de Governo da Câmara, o vereador Maurício Baroni (PMD), também falou dos investimentos feitos na saúde pública e do caso BVA. “Indaiatuba investiu 21,70% do orçamento anual na saúde, enquanto que o mínimo exigido é 15%”, compara. “A aplicação no BVA foi feita em 2011, quando as contas foram aprovadas. Em 2012 nenhuma aplicação foi feita.”