Comércio local está otimista com as vendas de Natal

Há pouco mais de um mês para o Natal, o comércio já começa a projetar as vendas deste ano. O ano de 2016 não foi um dos melhores para a economia, mas o mercado já começa a sentir melhorias e uma leve recuperação econômica, e com isso o comércio já estima aumento nas vendas.
De acordo com a Associação Comercial de Indaiatuba (Aciai), as vendas devem crescer de 7 a 10% para a data. O crescimento é esperado por conta de vários fatores que convergem nesse sentido. “A queda dos juros, a significativa redução da inflação, a desaceleração dos preços, e a melhora no mercado de trabalho”, afirma a Associação. “Todos esses fatores agradam os consumidores que enxergam a possibilidade de comprar à vista, mediante descontos, ou em parcelas que caibam no bolso e no orçamento”, completa.
O Shopping Jaraguá também espera melhora nas vendas, e fez uma projeção ainda melhor que a estimativa da Associação Comercial, esperando um aumento de 10 a 15% nas vendas. São esperados que os brinquedos e os vestuários impulsionem as vendas no shopping. A estimativa é que o consumidor gaste em torno de R$ 200 até R$ 250.
A loja de brinquedos Brinquedolândia estima um aumento de 3% nas vendas em relação ao ano passado. “Em 2016, mesmo com a crise, o movimento foi bom, e neste ano a economia já está melhor, então espera-se um aumento nas vendas”. As principais apostas são os brinquedos de lançamento, como Spark Girls e as Tartarugas Ninjas.
Segundo a Aciai, no mês de dezembro o comércio irá funcionar em horário especial a partir do dia 4 de dezembro. De segunda a sexta-feira, opera até às 22h. Aos sábados (dias 9, 16 e 23) até às 18h. E aos domingos (dias 17 e 24), até às 18h.

Online
As vendas pela internet devem crescer neste ano, tornando o comércio virtual o principal meio de compras do Natal de 2017, segundo pesquisa divulgada hoje (8) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O levantamento feito nas 27 capitais brasileiras indicou que 40% dos consumidores pretendem adquirir presentes pela rede. Desses, 54% disseram que pretendem comprar mais da metade das lembranças de fim de ano dessa forma.
O número indica que as compras pela internet devem superar as feitas em centros comerciais, estimadas para este ano em 37%. Em 2016, os centros comerciais, como os shoppings centers, responderam por 41% das vendas de Natal, enquanto o comércio eletrônico correspondeu a 32%. Em 2017, 37% dos consumidores ainda que pretendem ir a lojas de departamento, 26% a lojas de bairro e 13% a shoppings populares.
Sobre a escolha dos locais de compra, 58% dos consumidores disseram que escolhem o local pelo preço, 50% pelas ofertas e promoções, 27% pela diversidade de produtos e 20% pelo atendimento.
Para a economista-chefe do SPC, Marcela Kwauti, o crescimento do comércio eletrônico é uma tendência que deve, inclusive, pressionar as lojas físicas a disputar a preferência dos consumidores. “Isso em algum momento ia acontecer, por conta da crise ou mesmo que a gente não tivesse tido a crise. A internet vem ganhando espaço e isso não tem volta”, enfatizou.
Dentro do comércio virtual, as páginas de grandes empresas são a opção de 68% dos compradores, seguida pelos sites de classificados de compra e venda (42%) e os especializados em roupas, calçados e acessórios (34%).