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Cinema de Animação de Campinas participa de festival

Equipe viaja para ministrar oficinas de animação em Moçambique

 Publicado em  30/06/2015 às 10h22  Campinas  Cultura e lazer


Um pedaço da África que fala português, com belas praias e belezas naturais, mas também uma conturbada história de guerra civil. Moçambique, país que se tornou independente de Portugal em 1975, é o próximo destino internacional da equipe do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas, que desembarca na capital, Maputo, no começo de julho, para participar do Kugoma 2015, a 6ª edição do Fórum de Cinema de Curta-metragem de Moçambique.

O Festival tem a proposta de aproximar o cinema das populações, tornando acessíveis trabalhos cinematográficos que não estão disponíveis nas salas comerciais e nem no mercado de DVD nacional. A ideia é recriar o hábito de cinema no bairro, mesclando formatos de exibição tradicionais com salas de projeção ao ar livre nos bairros, contribuindo para a formação de um novo público.

Na programação do evento, na próxima segunda-feira, dia 6 de julho, haverá a exibição do longa-metragem brasileiro em formato de animação, “Café, um dedo de prosa”, do diretor Maurício Squarisi. O filme se desenrola a partir do encontro de um casal de amigos apaixonados por café, que vão até uma cafeteria e iniciam uma conversa cheia de informações sobre a bebida, cuja história passa pela África, Portugal e Brasil. “O filme já foi exibido num festival de animação em Lisboa, e a recepção foi muito boa. Foi muito interessante ver como nossa história era conhecida pelos portugueses, e vamos ver agora a recepção entre os africanos”, comenta o diretor, que visita pela primeira vez o país.

Além da exibição de seu longa-metragem, Maurício vai a Moçambique, junto a Wilson Lazaretti e Filipe Miranda, do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas, para a 3ª Oficina de Cinema e Animação, na Escola Nacional de Artes Visuais (Enav). Os brasileiros irão comandar oficinas de desenho animado, sombra chinesa e brinquedos ópticos.

Wilson Lazaretti já esteve em Moçambique, no ano de 2014, no mesmo festival, e trouxe boas recordações, especialmente das pessoas. “Embora a violência e pobreza sejam realmente visíveis, como é aqui no Brasil também, minha primeira experiência com oficinas por lá foi muito gratificante. Nossas histórias têm raízes comuns, e estar lá pessoalmente foi emocionante para mim”, relembra.

Café, um dedo de Prosa

“Café, um dedo de prosa”, longa metragem em animação de Maurício Squarisi, conta de modo leve e bem humorado a história do café, e mostra sua importância na história do Brasil.

O filme, de 72 minutos, é resultado de cinco anos de trabalho e teve uma pré-estreia internacional em março, no Monstra – Festival de Animação de Lisboa, um dos mais importantes eventos da animação mundial. No Brasil, fez uma pré-estreia na cidade de Itu/SP, e foi exibido em algumas sessões especiais. Com contrato com a Polifilmes, deve ter lançamento comercial no segundo semestre.

A obra começou a ganhar vida em 2009, quando Squarisi conheceu o livro “História do Café”, que serviu de base e inspirou o roteiro. A autora, a historiadora Ana Luiza Martins, foi também a consultora e revisora histórica do filme. O enredo se desenrola a partir do encontro de um casal de amigos, Wandi Doratiotto e Vera Holtz. Apaixonados pela bebida, eles se encontram em uma cafeteria e iniciam uma conversa agradável e recheada de informações históricas, mas apresentadas de forma leve, descontraída e bem humorada, que torna a obra acessível até mesmo para o público infantil.

Nascido em Campinas, cidade do interior de São Paulo onde o café teve papel relevante, Maurício Squarisi tem uma longa carreira no mundo da animação: são dezesseis filmes como diretor, além de participação em dezenas de outros trabalhos como produtor, animador e colaborador. Ao lado de Wilson Lazaretti, é um dos fundadores do Núcleo de Cinema de Animação de Campinas, que já tem 40 anos de história e mais de 300 curtas no currículo, entre obras autorais e produzidas em oficinas de animação ministradas principalmente em escolas públicas.

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