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Cidade registra outono mais frio dos últimos 16 anos

Porém, segundo especialista, inverno deve ser 'normal'

 Publicado em  25/06/2016 às 08h09  Indaiatuba  Cidades


De acordo com o pesquisador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), Hilton Silveira Pinto, de 73 anos, desde o ano 2000 Indaiatuba e todo o Estado de São Paulo não haviam registrado temperaturas tão baixas para a estação do outono.

Não é incomum, segundo ele, porém as frentes frias trouxeram uma massa polar de maior intensidade, o que ocasionou os registros recordes.

Indaiatuba chegou a marcar sua temperatura mais baixa do ano, de 2,6 ºC, no último dia 12, segundo dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (Ciiagro).

Na segunda-feira seguinte, dia 13, deu sequência à sensação congelante e chegou a registrar 2,8ºC às 6h40, além de geada em alguns pontos da cidade.

O pesquisador informou que a mesma estação em 2014 foi marcada pelo tempo seco e não pelo frio excessivo, como este ano. “O tempo mais seco é uma característica comum de junho e julho, geralmente as chuvas são ralas, mas há variabilidade, o que condiciona um clima diferente a cada ano”, explica Hilton.

Desde a segunda-feira, dia 20, teve início o inverno e de acordo com Hilton, não é possível afirmar se será o mais frio dos últimos tempos, justamente por conta dessa variabilidade do clima.

Ainda assim os termômetros marcaram no primeiro dia da nova estação temperaturas mais baixas do que nos últimos três anos no Estado de São Paulo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

O meteorologista do Instituto, Marcelo Schneider, informou que as temperaturas devem ficar mais baixas que a média histórica, cuja mínima é de 12,4ºC e máxima de 22,2ºC em junho e julho; mínima de 13ºC e máxima de 24ºC em agosto, e mínima de 14ºC e máxima de 25ºC em setembro.

Ele explica que houve declínio do fenômeno El Niño, que vinha bloqueando a entrada de frente fria pelo sul do País. Com isso, a expectativa é de temperaturas em queda, mas dentro da normalidade e com oscilação entre períodos mais amenos e frios. 

De acordo com a meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), que faz parte do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Caroline Vidal Ferreira da Guia, a estação seca começou já em abril, com a passagem de uma frente fria que veio do sul e seguiu até a região norte do Brasil. "Depois recebemos uma segunda frente fria, e por última a passagem de uma massa polar", explica.

A meteorologista, assim como o pesquisador do Cepagri concordam que não há como prever com muita antecedência como será o inverno daqui pra frente, mas adiantam que, por conta das últimas variações observadas, como chuvas atípicas em São Paulo, os próximos dias serão de “altos e baixos”.    

Previsão
A previsão climática no CPTEC coloca a temperatura dentro ou acima da média em julho, que seria de 16ºC a mínima e 18ºC a máxima para a Região Metropolitana de Campinas (RMC). 

Com relação à chuva, o Inmet estima uma precipitação entre 10% e 15% maior que as médias históricas, que são de 44 mm para julho, 37 mm para agosto e 76 mm para setembro.

Para hoje e amanhã, dias 25 e 26, o CPTEC prevê a temperatura mínima de 13ºC e a máxima de 23ºC para Indaiatuba. Na segunda feira, dia 27, a média deve variar entre 12ºC e 21ºC. Não há previsão para chuva durante o período.

No sul e sudoeste do Estado de São Paulo haverá sol entre nebulosidade variável, também sem previsão para chuva.

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