Publicado em 17/07/2019 às 12h00 Brasil Saúde
Há anos pesquisadores de diversas partes do mundo vêm estudando a relação entre o envelhecimento e a insônia. Não por acaso, a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é de 6 a 8 horas de sono/dia para quem tem 65 anos ou mais e até 17 horas nos primeiros três anos de vida.
Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier não é só na insônia que a cirurgia de catarata interfere. Muitos pacientes têm melhora do estado emocional, autoestima, e até da função cognitiva. O problema é que nos check-ups a insônia muitas vezes é deixada de lado.
Para se ter ideia da gravidade, um estudo multicêntrico realizado com mais de 9 mil participantes acima de 65 anos que não tinham passado pela cirurgia, mostra que mais da metade se queixaram de insônia. No Brasil não é diferente. A estimativa 2019 do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) é de que o país deveria realizar cerca de 2 milhões de cirurgias de catarata/ano. Em 2018 praticamente só 1 em cada 4 demandas foi realizada, totalizando 450 mil operações.
Riscos de adiar a cirurgia
Queiroz Neto ressalta que o adiamento da cirurgia torna o procedimento mais perigoso e aumenta o risco de surgirem outros problemas de saúde relacionados à dificuldade para dormir: doenças cardiovasculares. hipertensão, diabetes, sobrepeso, colesterol alto e depressão. O oftalmologista explica que a insônia acontece porque a catarata amarela o cristalino e reduz a quantidade de luz azul que penetra em nossos olhos. "É esta luz que responde por nosso estado de vigília, mas é ela também que melhora a qualidade do sono após a cirurgia que substitui o cristalino amarelado pelo implante de uma lente totalmente transparente. Esta substituição permite às células ganglionares da retina aumentarem a produção de melanopsina, um pigmento que regula nosso "relógio biológico", naturalmente controlado pela exposição à luz", explica. "Na mulher a insônia é ainda mais frequente do que no homem. Isso porque, o cristalino tem receptores dos estrogênios e a redução destes hormônios na menopausa diminui a produção da melanopsina pelas células da retina", afirma.
Melhor momento para operar
O especialista ressalta que o único tratamento efetivo para catarata é a cirurgia. A boa notícia é que o procedimento está cada vez mais preciso. Ainda assim, muitas pessoas ficam na dúvida se já está na hora de operar. Os sinais de que a cirurgia deve ser realizada são: troca frequente do grau dos óculos, dificuldade para dirigir sobretudo à noite, grande dificuldade de enxergar com faróis contra, enxergar halos ao redor da luz, perda da visão de contraste e necessidade de mais iluminação para ler.
Dicas para dormir melhor
O estilo de vida também influi na qualidade do sono. Por isso, há quem permaneça com insônia mesmo depois da cirurgia de catarata. As dicas do oftalmologista para dormir melhor são:
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