Aumento da temperatura em março traz queda no índice pluviométrico

Indaiatuba registra queda no índice pluviométrico, mas mananciais ainda registram boa vazão
Foto: Eliandro Figueira - RIC/PMI

Rayane Lins

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Mais um mês, mais um recorde histórico de calor na Terra. De acordo com o observatório europeu Copernicus, as temperaturas globais da superfície em março passado foram mais altas do que o recorde anterior para o mesmo mês, de 2016. A temperatura média em março foi 1,58°C mais quente do que a média histórica pré-industrial (1850-1900) para o mês. Em Indaiatuba, não foi diferente, o que tem feito os índices pluviométricos ficarem abaixo da média, ligando o radar para o uso excessivo de água.

Segundo o observatório, o último mês foi o 10º seguido com calor recorde, uma marca que preocupa os climatologistas. Considerando os últimos 12 meses (abril de 2023 a março de 2024), a temperatura média global na superfície é a mais alta já registrada, cerca de 0,70 °C acima da média de 1991-2020 e 1,58 °C acima da média pré-industrial.

Os termômetros registraram temperaturas mais altas na Europa, no leste da América do Norte, na Groenlândia, no leste da Rússia, na América Central, em partes da América do Sul, no sul da Austrália e em partes da Antártica e da África.

Já a temperatura média da superfície do mar em março ficou em 21,07 °C, a mais alta já registrada até hoje, e ligeiramente superior à registrada em fevereiro (21,06 °C).

Cientistas afirmam que o calor recorde notificado no período não foi uma surpresa devido ao forte El Niño, condição climática que aquece a zona central do Pacífico e altera os padrões climáticos globais.

Acumulado

Mesmo com as altas temperaturas, Indaiatuba registra queda no índice pluviométrico, segundo dados do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE). A média do acumulado de chuvas no verão, que abrange os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, foi de 840 milímetros.

Se levarmos em consideração somente o mês de março, o acumulado em 2024 foi de 85,8 milímetros, sendo que a média histórica para o mesmo período é de 160 milímetros. “Apesar dos mananciais que abastecem a cidade estarem com uma boa vazão, é importante ressaltar que as chuvas de verão foram abaixo da média”, destaca o superintendente do SAAE, Eng. Pedro Claudio Salla.

A importância de evitar o desperdício de água deve se intensificar, ainda mais, nos próximos meses, quando teremos períodos de chuvas menores e mais espaçados. “Já tivemos poucas chuvas no início ano e existe uma expectativa de estiagem severa nos meses de inverno”, revela o superientendente. Confira abaixo algumas dicas para evitar o desperdício de água.

Dicas para evitar o desperdício

1. Mantenha a torneira fechada ao escovar os dentes, fazer a barba e ao ensaboar a louça.
2. Tome banhos curtos. Cinco minutos são suficientes para fazer a limpeza do corpo
3. Evite duchas de alta pressão. Apesar de serem usadas para dar a sensação de massagem no corpo, são inimigas do consumo consciente de água
4. Organize a louça antes de lavá-la
5. Só ligue a lava-louças e a lava-roupas quando estiverem cheias, pois isso evita o desperdício
6. Adote dispositivos que ajudam na redução do consumo de água, como o arejador de torneiras, restritor de vazão, bacias sanitárias VDR e válvulas automáticas para mictórios
7. No jardim, evite regar as plantas nos horários de sol forte
8. Use a vassoura para limpar o quintal, a calçada ou as áreas comuns de prédios e empresas
9. Preste atenção e conserte eventuais vazamentos na sua casa
10. Reutilize as águas cinzas, que são aquelas provenientes do chuveiro ou da máquina de lavar roupas (entre outras), para limpar terraços ou outras áreas externas