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Atividades acontecem no Dia Nacional do Doador de Órgãos

O evento acontece no Polo Shopping e no Shopping Jaraguá no próximo dia 27.

 Publicado em  20/09/2014 às 09h00  Indaiatuba  Cidades


No próximo dia 27 será comemorado o Dia Nacional do Doador de Órgãos. Em Indaiatuba, a 16ª Campanha Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos será organizada pela Organização da Sociedade Civil (OSC) Gabriel, em parceria com diversas instituições da sociedade civil. O evento acontece no Polo Shopping e no Shopping Jaraguá. 

Durante todo o dia serão realizadas ações junto aos visitantes do shopping com o objetivo de sensibilizar a população para a importância da doação de órgãos, tecidos e células, bem como, de promover a melhoria na captação por meio de ações positivas junto às Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT).

De acordo com a presidente da OSC Gabriel, Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho, a campanha espera atingir e conscientizar um grande número de pessoas. “Queremos mostrar para a população que a doação de órgãos pode salvar vidas. Um único paciente pode salvar de 5 a 25 pessoas”, informa.

Ainda durante o evento, o público poderá contar com profissionais que farão teste de glicemia, aferição de pressão arterial, teste de Índice de Massa Corpórea (IMS), hábitos alimentares, entre outros.

O evento tem como objetivo também mostrar que prevenir é a melhor solução. “Para não precisar de algum transplante a pessoa precisa se cuidar e prevenir para que ela não chegue à fila de espera”, explica Maria Inês.

Haverá a confecção do cartão do doador do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS) e o cadastramento de doadores de sangue do projeto Sangue Cidadão, em parceria com o Rotary Club Indaiatuba, Rotaract e Interact.

Além de incentivar a doação de órgãos, o evento também pretende aumentar o número de doares de sangue e medula óssea. “É muito importante à participação da população nessas doações, pois assim como o de órgãos essas doações também estão em baixa”, disse Maria Inês. “Em especial a doação de medula óssea, uma vez que é muito difícil encontrar um doador que seja compatível com o paciente”, disse.

Ainda segundo Maria Inês, a compatibilidade para a doação de medula óssea não depende do tipo sanguíneo e sim com a genética do paciente, por isso a dificuldade de encontrar um doador de medula que seja compatível com o paciente. Nesse caso, nem os pais são compatíveis, somente um irmão gêmeo univitelino seria um doador. A espera pode ser longa, uma vez que a chance de se encontrar um doador pode ser de 1 a 100 mil pessoas, como pode chegar de 1 a 1 milhão.

Campanha

A Campanha que se inicia no dia 27 de setembro irá continuar durante um ano. Ao longo do ano serão realizados ciclo de palestras em escolas, associações, igrejas e empresas, além de contar com mostras do Salão Nacional de Humor sobre Doação de Órgãos.

Somente uma doação foi realizada em 2014

Neste ano, somente um caso de doação de órgãos foi registrado em Indaiatuba. O doador foi o jovem Álvaro de Freitas Martins, de 21 anos, que faleceu num acidente de trânsito. Na época a família autorizou a doação do rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas e córneas para transplantes.

Segundo a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Brasil vinha numa crescente no processo de doação e transplante de órgãos. Entre 2009 e 2010, em Indaiatuba foram registrados 12 casos de doação de órgãos. “Com essas doações pelo menos quatro pessoas foram beneficiadas por cada doador”, conta a presidente da OSC Gabriel, Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho.

Porém desde o segundo semestre de 2013, foi registrada uma queda de notificações de doações de órgãos e tecido e, consequentemente, o número de transplantes realizados. Segundo Maria Inês vários fatores podem ter influenciado na queda. “A descrença da população com a saúde pública e a falta de informação sobre o assunto pode ter colaborado”, explica. 

Ainda segundo a presidente, os hospitais deveriam ter CIHDOTT para darem orientações, apoio e suporte a família que perdeu um familiar e que pode ser um possível doador. “A família tem uma grande negativa por falta de acolhimento do hospital e pela falta de informação sobre a importância da doação de órgãos e o processo de captação”, disse.

Mais de 70 mil pessoas esperam por um órgão no Brasil. Dependendo do órgão e Estado à espera pode durar mais de três anos. Em Indaiatuba, a presidente não sabe informar quantos moradores aguardam transplantes. “Quando o paciente necessita de transplante ele passa a ser ‘problema’ do Estado e não do munícipio, por isso não temos a informação”, explica Mari Inês.

O único dado que a OSC Gabriel tem são dos pacientes aguardando transplantes de rim. Os números são de acordo com os pacientes que fazem hemodiálise no Haoc. Segundo Maria Inês dos 100 pacientes que realizam hemodiálise, 20 está na fila de espera. Ainda segundo a presidente a fila de transplantes de rim é a maior de todos os órgãos. “Mais da metade do total de pessoas que aguardam algum órgão são de rim”, revela a presidente da Gabriel. “E isso vai contra, pois cada doador tem dois rins, ou seja, duas pessoas seriam beneficiadas.”

Segundo Maria Inês, a OSC Gabriel trouxe para Indaiatuba uma equipe do Hospital Oftalmológico de Sorocaba (BOS), com o intuito de aumentar o número de doares de córneas no munícipio. “Fizemos uma parceria com o BOS, porém com a falta de comunicação de óbitos, por parte dos hospitais, eles foram embora”, lamentou.

Outra parceria está em andamento e o projeto já foi entregue ao Prefeito Reinaldo Nogueira. É a parceria com o Hemocentro da Universidade de Campinas (Unicamp). 

 

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