Aplaudida, Dilma Rousseff participa da entrega de 2.048 apartamentos

Aldeir recebeu a presidente Dilma Rousseff em seu apartamento no Campo Bonito
Foto: Jean Martins

Como programado, a presidente Dilma Rousseff (PT) esteve em Indaiatuba na manhã de quarta-feira, dia 3, para a entrega das chaves de 2.048 apartamentos do Residencial Indaiatuba, localizado no Parque Campo Bonito, construídos com investimento de R$ 194,9 milhões do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

O clima foi de paz dentro do recinto onde ocorreu a cerimônia, porém foram registrados algumas confusões nas imediações.

Também marcaram presença no evento o governador do Estado de São, Paulo Geraldo Alckmin (PSDB); o ministro das Cidades, Gilberto Kassab; além de representantes da Caixa Econômica Federal (CEF). 

Além das unidades entregues em Indaiatuba, por um link ao vivo, todos acompanharam a entrega de apartamentos em outras oito cidades: Itu e Jundiaí, em São Paulo; Camaçari, Luís Eduardo Magalhães e Salvador, na Bahia; Caucaia, no Ceará; Timon, no Maranhão; e Campo Mourão no Paraná. Foram entregues, ao todo, 7.840 imóveis. Todas essas cidades também puderam acompanhar ao vivo a cerimônia em Indaiatuba.

Em discurso, o prefeito Reinaldo Nogueira (PMDB), ressaltou a felicidade em entregar as moradias e garantiu auxílio aos moradores. “Estou muito feliz de estar aqui hoje (quarta-feira), por estar realizando o sonho da população e também de nossa equipe, que há quatros iniciou com esse projeto”, diz. “E temos novidade: nenhum morador irá pagar IPTU e a Escritura de sua moradia, para compensar o valor cobrado pelo condomínio. Aos poucos vamos trazer outras melhoras para essa região, como transporte e o acesso ao bairro.”

Muito vaiado pelos presentes, o governador Geraldo Alckmin, ressaltou os benefícios que o Minha Casa Minha vida traz para o Estado. “Sabemos que, além da realização do sonho da casa própria, o programa gera inúmeros empregos. Só em São Paulo são 4 mil oportunidades, média de 1,2 empregos por unidade construída. Atualmente, aqui no nosso estado, já são 23.748 unidades entregues e outras 85 mil em obra”, diz.

O Governo do Estado de São Paulo viabilizou 65 milhões de reais a fundo perdido para ajudar a viabilizar o projeto no Estado de São Paulo, trazendo melhor acabamento nas unidades.

Por fim, a presidente Dilma discursou por mais de meia hora e “comemorou” o fato de estar auxiliando famílias que não têm condições de custear o valor de uma residência. “O Minha Casa Minha Vida é um programa nacional, pois tem como objetivo ajudar quem não tem condições de pagar a parcela de um empréstimo bancário para comprar uma casa, por exemplo. São famílias que tinham que optar pelo pagamento da parcela de um empréstimo ou por custear os serviços básicos (água, luz, alimentação, etc.). São pessoas que pagavam altos aluguéis ou que moravam em áreas de risco”, discursou.

A presidente também revelou que em março terá uma nova etapa no Programa Minha Casa Minha Vida. “Nós, no início de março, estamos fechando o programa Minha Casa Minha Vida 3, que tivemos de rever os valores, pois o Brasil passa por dificuldades. Mas iremos fazer em torno de 2 milhões de moradias a mais até 2018. Quando fechar esse período, vamos ter chegado a quase 6 milhões de moradias: 2 milhões de agora e 4 milhões acumulando no Minha Casa Minha Vida 1 e 2. É o maior programa habitacional da América Latina”, garante.

Visita

Antes da cerimônia da entrega das chaves, a presidente Dilma visitou um dos apartamentos, agora de propriedade da balconista Aldeir Costa de Souza, de 42 anos. Moradora de Indaiatuba há mais de 20 anos, Aldeir é natural de Lavras, no Ceará.

A moradora é casada, tem um filho, e antes pagava aluguel no valor R$ 440. Agora, com sua ‘casa’ própria, deverá pagar parcelas de R$ 56 mensais.

Além de Aldeir, outras quatro famílias foram sorteadas pela Caixa Econômica Federal (CEF) para receber as chaves no palco do evento. Os critérios para a seleção das famílias foram definidos pelo próprio banco.

Visita da presidente é marcada também por confusão

A entrega dos 2.048 apartamentos do Parque Campo Bonito, na manhã de quarta-feira, dia 3, também foi marcada por algumas confusões fora do recinto onde ocorreu a cerimônia da entrega das chaves.

A mais séria e que gerou reclamação dos moradores foram os furtos. Com forte esquema de segurança montada na frente do recinto, moradores não puderam entrar com objetos, como água, alimentos, sacolas e/capacetes.

Segundo os presentes, os seguranças pediram para deixarem seus pertences em cima de umas mesas, ao lado dos detectores de metal. Mas quando moradores retornaram muitos objetos haviam sido furtados, como capacetes, e outros pertences estavam espalhados pelo chão.

O cabeleireiro Joaquim dos Santos, de 63 anos, estava indignado com a situação. “Sumiu tudo o que eu trouxe: banco, guarda-chuva e alimentos (para um membro da família que é diabético). E agora ninguém dá satisfação sobre o que aconteceu. O que ocorreu aqui foi um assalto”, lamentou.

Entre os prejudicados estava a também cabeleireira Angela Sanches. Na ocasião, ela teve um banquinho e uma bolsa furtada.

Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, responsável pelo evento, os objetos realmente não poderiam ser levados para dentro do recinto e que a segurança não iria se responsabilizar pelos mesmos deixados na portaria. Com isso, a decisão de deixá-los ficou a critério de cada um. 

Confusão

Também fora do recinto foram registradas agressões físicas de integrantes, que seriam representantes da Central Única do Trabalho (CUT), contra pessoas que protestavam contra a presidente Dilma.