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Adoção responsável de animais é opção em meio ao isolamento

Animais não transmitem Covid-19 e não devem ser abandonados

 Publicado em  25/05/2020 às 11h13  atualizado em 26/05/2020 às 11h55 - Brasil  Cidades


Foto: Fábio Pozzebon/Agência Brasil

Da Redação

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A solidão do isolamento social tem levado muita gente a adotar um animal de estimação para ter companhia e distração nesta fase difícil. É comprovado que o contato com os bichinhos ajuda na produção de endorfina e serotonina, que atua no cérebro regulando humor, sono, apetite e reduzindo as taxas de cortisol, relacionado ao estresse.

Um levantamento feito em 2009, pela Universidade de Azabu, no Japão, mostra que quando donos de animais olham nos olhos dos seus bichos de estimação, eles recebem picos de ocitocina. Considerado o hormônio da felicidade, é responsável por sensações de prazer e bem-estar. Esta é a principal razão pela qual eles podem ser verdadeiros aliados no combate à ansiedade, estresse e solidão, em especial para pessoas idosas, solteiras, crianças e portadores de necessidades especiais.

No entanto, a médica veterinária, Érica Versiani Lima, alerta para as responsabilidades ao se adotar um bichinho de estimação. “Cães e gatos são vidas e não um brinquedo ou uma distração. Junto com a alegria da adoção, vêm também gastos e trabalho. Por isso, nunca deve ser abandonado, mesmo após a quarentena. Os animais também não contraem e nem transmitem o novo coronavírus.

"Um animal precisa ser vacinado, vermifugado, de exames de rotina, assim como nós, seres humanos. Além de todos os outros cuidados, como alimentação de qualidade, passeios, atenção. É maravilhoso esse [aumento] crescente na adoção de animais de companhia, tanto para os animais, que ganham um lar, quanto para os humanos adotantes, que ganham uma alegria”, explica Érica.

Ela destaca ainda que os novos tutores devem pensar em longo prazo, e não somente em uma distração para a época de isolamento. “Uma vida inclui a fofura do filhote, a companhia e o amor incondicional de um bichinho, mas inclui também o xixi no lugar errado, a adaptação do animal com o novo ambiente, as comorbidades da velhice, entre outros. Uma adoção deve ser muito bem pensada", considera.

A veterinária diz que o abandono é uma preocupação de veterinários e dos protetores de animais e aconselha: “Ao adotar, seu coração tem de estar aberto para o que vier. E virão alegrias, tristezas, trabalho, muito trabalho. Deve-se estar ciente de que a adoção é a chegada de um novo integrante para a família e quando passar a época de isolamento e os tutores voltarem as suas vidas rotineiras, o animal adotado continuará sendo um membro daquela família. Você não devolve uma vida para o abrigo ou para a rua”, salienta Érica.

Cuidados com os animais

Os cães e gatos não transmitem o coronavírus, porém podem carregar partículas contaminadas nos pelos e patas, assim como os humanos podem carregar nos sapatos, mãos, roupas. “Ao voltar do passeio com o cachorro, lave as patas dos animais com água e sabão. Eu indico a higienização com água e sabão sempre que possível, porque, além de ser eficaz para a prevenção do coronavírus, é o método que menos agride a pele do animal. O álcool 70° pode ser usado também, mas ele pode ressecar o pelo do animal, se usado com muita frequência. Quanto à pelagem do animal, não tem problema passar o álcool para prevenir qualquer partícula contaminada nos pelos”.

Como não se pode dar banho no animal todos os dias, pois tira a defesa da pele, altera o Ph e pode acabar por predispor uma dermatite, o que pode ser feito é usar o álcool 70°, indica Érica. “O mais adequado seria passar o álcool apenas nos pelos, evitando a pele do animal. Eu tenho indicado o uso do álcool líquido em um pano e a fricção leve com o pelo do animal.”

“Um cuidado que temos de ter nos passeios com os pets é evitar o contato com outros animais e humanos. Passear somente o tempo necessário para que o animal faça as necessidades e tenha distração. Indicamos que se evite levar os animais para quadras ou locais de encontro com outros pets. A aglomeração deve ser evitada para os animais também”, conclui a veterinária.

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  • Foto: Fábio Pozzebon/Agência Brasil

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