Acusado de matar prefeito é preso em Indaiatuba

Investigadores da Polícia Civil de Piracicaba prenderam na manhã de quarta-feira, dia 18, o jovem Thiago Gomes Calado, de 24 anos, acusado de ter assassinado o prefeito de Elias Fausto Laércio Batarelli, de 58 anos, no dia 2 de outubro.  
O suspeito foi detido em sua casa no Jardim Morada do Sol e segundo informações foi reconhecido através de imagens de câmera de segurança, que mostra o mesmo seguindo o prefeito em uma caminhonete. 
De acordo com a polícia, o acusado teria recebido R$ 20 mil para executar o crime, porém só soube que a vítima era o prefeito do Município depois que a notícia foi divulgada na imprensa. 
O mandato de prisão foi expedido pela justiça de Monte Mor e Calado deve ficar preso temporariamente por 30 dias até segunda ordem. Segundo a assessoria da Polícia Civil, o jovem, que já tem passagem pela polícia por roubo e tentativa de homicídio, foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória.  
A investigação já havia levado os policiais ao suspeito de ser o mandante do crime. O empresário imobiliário Sérgio Vicente Picão, de 42 anos, preso desde 22 de outubro, teria contratado Calado para cometer o assassinato cuja motivação seria econômica, já que Picão queria lançar empreendimentos em Elias Fausto e era impedido por Batarelli. 
Segundo a Civil, o empresário e a vítima já haviam tido um desentendimento em 2013, quando Picão denunciou o prefeito por descarte ilegal de lixo. Motivos de cunho político foram descartados pelos investigadores. À polícia, o acusado que ficará preso inicialmente por 30 dias negou a participação no crime. 
A investigação chegou a Picão depois da localização de uma Fiat Strada, que havia sido comprada pelo empresário e vista no local no dia do assassinato. O carro estava abandonado no Distrito de Cardeal. Segundo a Polícia, Picão tentou devolver o carro depois da morte do chefe do executivo e a mesma teria sido usada para vigiar a rotina da vítima. 

Crime
Betarelli foi assassinado com seis tiros enquanto visitava as obras de canalização de um córrego no bairro Carimã. A Polícia Civil informou que no momento do assassinato a maior parte do efetivo da Guarda Civil estava fora da cidade, em um curso em Capivari. 
Logo após a morte, a Secretaria de Segurança Pública do estado informou que o prefeito poderia ter sido vítima de uma emboscada, uma execução planejada por algum desafeto do prefeito. O titular da pasta, Alexandre Moraes, que havia se reunido com Betarelli um dia antes do homicídio, esteve na região para acompanhar o início das investigações.