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Inflação alta provoca também aumento na arrecadação de impostos no semestre

Impostômetro apontou R$ 1,6 trilhão até quinta (28); Indaiatuba alcançou R$ 206 milhões no período

 Publicado em  05/08/2022 às 11h15  atualizado em 05/08/2022 às 11h16 - Estado SP  Economia


DENISE KATAHIRA

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O Impostômetro, painel instalado no edifício-sede da Associação Comercial de São Paulo, registrou no último dia 28, R$ 1,6 trilhão em impostos arrecadados. Este é o montante pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estaduais e municipais desde o início do ano. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.

No ano passado a marca foi alcançada em 16 de agosto, isto é, com 20 dias de antecedência.

Em Indaiatuba, foram arrecadados até esta quinta mais de R$ 206 milhões. O valor foi atingido, em 2021, no dia 22 de agosto, ou seja, com 26 dias de antecedência.

No site do Impostômetro é possível conferir a arrecadação em tempo real.

De acordo com o “Estudo sobre os dias trabalhados para pagar tributos” feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), os brasileiros trabalharam 149 dias em 2022, ou seja, até o dia 29 de maio, somente para pagar os impostos, taxas e contribuições.

Segundo o economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, o maior fator que explica essa aceleração é a incidência da inflação nos produtos, que aumenta a arrecadação por consequência.

“O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por exemplo, apresentou crescimento de 12% na arrecadação no primeiro semestre, se comparado com o mesmo período de 2021”, explica Solimeo. “A implementação de um teto para o ICMS deve reduzir o recolhimento dos Estados. O único fator que poderia manter o valor arrecadado seria um aumento no valor do produto”, complementa.

Teoricamente, o propósito dos impostos que os brasileiros pagam é fazer com que cada cidadão contribua com os serviços que utiliza. Por exemplo, saúde pública e meios de transporte. Além disso, de acordo com informações da própria Receita Federal, os impostos também vão para o custeio de pesquisas, produção agrícola e industrial, segurança pública, cultura, esporte e meio ambiente.

Brasil é um dos países onde mais se paga impostos

Sabe-se que o Brasil é um dos países onde mais se paga impostos. Ele é 30º do mundo no ranking dos países em que os impostos trazem mais bem-estar à sociedade.

Na teoria o valor arrecadado deveria ser investido, porém, nem sempre os impostos parecem ter retorno no bem-estar das pessoas na prática. Isso é mostrado pelo Irbes (Índice de Retorno de Bem-Estar à Sociedade). Ele é obtido a partir da soma da carga tributária com relação ao PIB com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

São levados em consideração os 30 países com maior cobrança de impostos. O Brasil faz parte, estando em última colocação desde o início, em 2011.

De acordo com declarações do presidente-executivo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação), João Elói Olenike, os tributos continuam sendo mal aplicados no Brasil e é preciso destinar o orçamento de maneira mais assertiva e eficaz.

Segundo Olenike, é essencial utilizar melhor os recursos arrecadados e aplicá-los em investimentos que possam trazer melhoria efetiva na qualidade de vida da população. "O valor que o Brasil destina atualmente para investimentos que tragam crescimento no IDH é muito baixo. O orçamento do país é muito engessado e enquanto não houver mudanças significativas nessa questão da alocação dos recursos, tende a continuar sempre assim”, diz.

IMPOSTO = BEM-ESTAR

1º Irlanda

2º Estados Unidos

3º Suíça

4º Coréia do Sul

5º Austrália

6º Japão

7º Canadá

8º Israel

30º Brasil

Fonte: Irbes

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