Higiene bucal pode ajudar a prevenir complicações da covid-19

Denise Katahira
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A ciência já identificou a boca como porta de entrada de microrganismos que podem causar diversos tipos de doenças, em especial pulmonares e cardíacas. Além disso, a falta de higiene bucal também pode potencializar os efeitos da Covid-19 no organismo, uma vez que é grande a replicação do vírus em glândulas salivares, língua e saliva.

Diante dessa constatação o Conselho Federal de Odontologia (CFO) e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) alertam sobre os procedimentos a serem adotados para a higienização bucal de pacientes internados em unidades de terapia intensivas (UTIs). Ainda segundo as entidades, não há estudos finalizados que comprovem cientificamente, porém historicamente, a adoção desse protocolo tem apresentado ótimos resultados, com cerca de 40% dos pacientes entubados apresentando alguma melhora. 

As entidades ainda alertam que a higienização bucal é indicada também para os casos em que a doença não esteja em sua versão mais grave, de forma a reduzir a carga viral no organismo. E inclusive para aqueles que não estão contaminados pela Covid-19. 

Segundo especialistas, as pessoas devem dar uma atenção especial a higienização bucal, e orientam atenção redobrada na escovação dos dentes, inclusive a língua, e sugerem o uso de antisséptico bucal, pois a principal entrada do vírus é via aérea percorrendo a cavidade bucal.

Mas, atenção a higiene das mãos antes de iniciar a higienização da boca. Como as mãos vão ser imprescindíveis para o uso do fio dental, do higienizador de língua e da escova de dentes, é importante que estejam bem higienizadas.

Cuidados

Especialistas alertam que sempre deve haver a troca da escova dental sempre que uma pessoa estiver se recuperando de alguma infecção, para evitar risco de recontaminação, além da importância do uso de fio dental e enxaguante bucal.

Outra dica importante é a forma correta de cuidar de nossas escovas dentais e nossos higienizadores de língua, mantendo-os imersos em solução desinfetante, à base de água e enxaguante bucal, para evitar a reinfecção após cada uso.

No caso das crianças, os cuidados também devem ser redobrados considerando que a formação de cáries está relacionada à ingestão de açúcares e carboidratos, associada à má ou não escovação. Por isso é importante que os pais estejam atentos, porque, estando em casa, elas acabam comendo mais vezes. Assim, é importante que as crianças tenham uma rotina de escovação três vezes ao dia, com uso do fio dental uma vez, preferencialmente antes de dormir.

Para saber mais sobre o assunto entre em contato com seu cirurgião dentista ou acesse www.cfo.org.br.