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Campanha Setembro Amarelo: é necessário debater sobre suicídio

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria organiza a campanha

 Publicado em  10/09/2021 às 10h43  Brasil  Saúde


Bárbara Garcia
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Hoje, 10 de setembro, é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. No Brasil, a campanha se iniciou em 2014, e foi uma iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Décadas atrás, existia um tabu de que, ao abordar o suicídio, principalmente em jornais, rádio e televisão, a simples sugestão do assunto poderia influenciar pessoas a cometer o ato, mas hoje, o entendimento da Medicina é totalmente diverso: somente através de conversas francas e acolhedoras, que esse ato tão triste pode ser evitado.

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que o Brasil é o segundo país com maior número de suicídios, perdendo somente para os Estados Unidos. Aqui, estima-se que são 13 mil pessoas ao ano, e 800 mil no mundo. De acordo com a OMS, é a terceira causa mais comum de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Em 96% dos casos, o ato extremo estava relacionado a algum transtorno mental. Os mais recorrentes são depressão, transtorno do espectro bipolar e abuso de drogas. Mas são também fatores de risco a solidão, situações de vergonha, desemprego e desilusões amorosas, e outras que causem excessiva dor emocional.

Segundo o psiquiatra da USP (Universidade de São Paulo) e fundador do Canal no Youtube "Saúde da Mente", Dr. Marco Antônio Abud, a pessoa que tenta o suicídio o faz por um conjunto de sentimentos e pensamentos: geralmente ela sente que seu problema, e a dor emocional que vem dele, vai durar para sempre e que ela não tem ninguém para pedir ajuda.

Por isso é importante que ao oferecer apoio para uma pessoa que está passando por um transtorno mental ou situação de crise, reforcemos a ideia de que as dores são passageiras e que a pessoa tem sim uma rede apoio para auxiliá-la.

Mas cuidado: é de extrema importância evitar opiniões e juízos de valor sobre o comportamento da pessoa, pois ela pode interpretar como mais uma incompreensão. É necessário encorajá-la ao acompanhamento de profissionais de Saúde Mental, sejam da Psicologia, Psiquiatria e outras neurociências, para que estejam preparados ao oferecer o acolhimento da forma correta para cada paciente.

A notícia boa é que o suicídio tem prevenção em 90% dos casos, pois, como estão associados a desequilíbrios mentais, muitos deles tem tratamento. Existem alguns sinais que podem ser observados em pessoas com essa tendência que são: excessiva tristeza e vontade de isolar-se, mudança repentina de comportamento, tentar resolver pendências financeiras rapidamente ou pensar em testamento, ou a própria fala de que "não gostaria mais de viver".

Nesses casos é preciso compreender que "a pessoa está em sofrimento mental, pois pensamento de morte recorrente nunca é normal. É como uma febre muito forte, por exemplo. Podem ter várias razões, mas é um sintoma claro de que a pessoa está doente", explica o Dr. Marco Abud.

O Centro de Valorização da Vida, número 188, é um serviço gratuito, disponível 24 horas por telefone e pode ajudar em situações agudas. Em outros casos, pode ser necessário levar a pessoa a um pronto socorro e pedir o atendimento do Psiquiatra de plantão.

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