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Ambientes inovadores de trabalho e o psíquico criativo ajudam empresas a motivar o colaborador

Devido a pandemia, empresas investem em profissionais com a disponibilidade de trabalhar a distância

 Publicado em  30/07/2021 às 12h08  Indaiatuba  Educação


Por Laís Fernandes

Fechar os olhos e imaginar um ambiente empresarial remete às imagens de grandes escritórios com mobília tradicional, pessoas vestidas formalmente e suntuosas salas de reuniões, talvez tudo em tons de cinza. Tudo idealizado para transparecer seriedade, pois destina-se para atividades de grande valor desenvolvidas por profissionais, os quais devem ser sérios, inteligentes e maduros. Correto?

Até certo ponto sim, olhando para uma perspectivada onde a engrenagem viva de uma empresa, que são pessoas, tornam-se unicamente peças estratégicas de negócio, não há mesmo a necessidade de implementar um ambiente mais acolhedor e criativo. No entanto quando há humanização no processo e a engrenagem da corporação deixa de ser apenas mecânica e passa para um entendimento holístico do ser, essa atmosfera cinza e formal deixa de fazer sentido.

Uma das frases mais famosas de Albert Einstein diz que “A criatividade é a inteligência se divertindo” e levar esse conceito ao mundo empresarial é uma necessidade observada por grandes corporações da atualidade, principalmente no ramo da tecnologia como: Google, Apple e Facebook.

Especificamente a Google é uma das empresas mais desejadas para se trabalhar no mundo, hoje em dia possui mais de 100 mil funcionários em 60 países e descreve em sua própria apresentação que “proporciona um local de trabalho que cria um sentimento de pertencimento para todos”. Ambientes coloridos, lúdicos, descontraídos, sala de jogos e áreas externas criativas, são estrategicamente pensados para propiciar mentes criativas e produtivas. Mas a pergunta é. Por que?

Olhando mais profundamente para a base psíquica do ser humano, a criatividade faz parte do seu desenvolvimento. Em 1975 o médico e psicanalista D.W Winnicott, traz em seu livro (O Brincar e a Realidade) que “é através da apercepção criativa, mais do que qualquer outra coisa, que o indivíduo sente que a vida é digna de ser vivida”. Transportando para o mundo organizacional, a empresa que aplica inovação e criatividade no processo produtivo, traz ao colaborador mais do que uma atmosfera agradável, ela dá sentido à vida.

A criatividade nos acompanha desde nossos primeiros momentos de existência, pois é a habilidade do ser humano de se adaptar as situações, com foco em sobrevivência. A criança utiliza o brincar como modo associativo de pensar, elaborar e resolver problemas. Marion Milner (1952) relaciona o brincar das crianças à concentração nos adultos.

Por esse viés, é possível relacionar o movimento inovador das empresas investirem em ambientes de trabalho com características infantilizadas, afim de despertar o inconsciente criativo, capaz de trabalhar com foco e concentração, mas acima de tudo, conduzir emoções e afetividade em seus afazeres.

Todavia, um contraponto para se pensar é a atual necessidade do trabalho remoto, em decorrência da Pandemia. Muitas empresas já repensaram o modelo de negócio e atualmente investem em profissionais com a disponibilidade de trabalhar a distância, anulando os benefícios do trabalho presencial em ambiente inovador, mas abrindo um leque de possibilidades para os funcionários desenvolverem suas habilidades em qualquer lugar do mundo.  Seria essa a empresa ideal do amanhã? Assertivamente Philip Kotler já salientou. “O futuro não está adiante de nós. Já aconteceu.”


 

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