Publicado em 14/07/2017 às 10h20 Campinas Economia
O comércio varejista da Região Metropolitana de Campinas (RMC) apresentou no mês de junho uma movimentação negativa, quando se constata uma redução de 6,35% nas vendas em comparação ao mês de maio, que apresentou uma base mais elevada em função do Dia das Mães. Na avaliação com os números do mês passado, a redução foi de 5,85%, um pouco abaixo dos 6,35%, contra maio passado.
O destaque, no entanto ficou para o crescimento das vendas a vista, que evoluiu em 6,33%, enquanto que as vendas a prazo declinaram em 15,14% na avaliação com junho de 2016.
Já no acumulado do ano, de janeiro a junho de 2017, as vendas acabaram, negativamente, em torno de 0,85% em Campinas e 1,17% na RMC.
Em termos de faturamento, no primeiro semestre do ano, em Campinas, a movimentação foi de R$ 6.294,5 bi, cerca de 0,96% abaixo, contra o faturamento do mesmo semestre do ano passado, que foi de R$ 6.355,3 bi.
Na RMC o faturamento nos primeiros seis meses de 2017 foi de R$ 14.986,2 bi, cerca de 1,96% a menos, contra o faturamento do semestre de 2016, que foi de R$ 15.286,4 bi.
Inadimplência
A inadimplência, tanto em Campinas como na RMC, sofreu uma brutal alteração de 132,56% entre maio e junho de 2017, e de 26,94% entre Junho de 2017 e 2016.
O que motivou essa expansão foi: a baixa utilização do FGTS Inativo para pagamento da inadimplência; a crise política de maio passado, que reduziu os Índices de Confiança na atual administração e o elevado Índice de desemprego, que chegou aos 13,3%, desestruturando totalmente o poder de compra, e o nível de confiança dos consumidores, entesourando recursos, em vez de consumir mais.
Para se ter uma ideia, o número de consumidores inadimplentes em Campinas atingiu no 1º semestre de 2017, cerca de 320.823 pessoas, o que representa um endividamento de R$ 231,0 milhões, cerca de 7,0% a mais que o total de consumidores do 1º semestre de 2016, que apresentava um endividamento de R$ 215,2 milhões (305.207 pessoas).
Na RMC, esses dados mostram um total de 763.864 pessoas inadimplentes no 1º semestre de 2017, representando um endividamento de R$ 550,0 milhões, cerca de 8,10% a mais que o total de consumidores do 1º semestre de 2016, que apresentava um endividamento de R$ 508,7 milhões (726.683 pessoas).
Previsão
A previsão para o 2º semestre, diante da atual crise política de meados de maio passado, trás, novamente, incertezas para a economia que vem apresentando melhorias nos indicadores econômicos, até aqui, mas deverá reavaliá-los frente ao desemprego, reformas trabalhistas e previdenciária, juros, câmbio e Inflação, diante ao elevado déficit público, que poderá desestruturar toda economia nacional.
Avaliação mensal - junho/2017
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