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Terapia Ocupacional é a única especialidade que pode treinar as Atividades de Vida Diária

Em crianças autistas esse treino é importante porque elas não têm a habilidade de imitação

 Publicado em  25/09/2021 às 15h49  atualizado em 27/06/2021 às 08h30 - Indaiatuba  Saúde


Bárbara Garcia
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As Atividades de Vida Diária, também conhecidas como AVDs, são aquelas ações simples, geralmente relacionadas ao cuidado pessoal, como: escovar os dentes, tomar banho, trocar de roupa, pentear o cabelo, entre outras. De acordo com a Terapeuta Ocupacional Caroline de Almeida Carvalho, o treino dessas habilidades é reservado apenas a esta profissão, que pode ser definida como uma terapia do “fazer humano”, que se dedica a auxiliar pessoas que foram prejudicadas, de alguma forma, em suas ocupações.

Outro treino importante que também é feito exclusivamente pelos terapeutas ocupacionais são as Atividades Instrumentais de Vida Diária, as AIVs. São aquelas que necessitam do auxílio de uma outra pessoa: como preparar a mesa e algum alimento, falar ao telefone, fazer compras no mercado e outras ações semelhantes.

Principalmente no caso das crianças que fazem parte do espectro autista, também conhecido como TEA, como têm dificuldades em aspectos sociais e de comunicação, elas não apresentam a habilidade de imitar o que os adultos fazem, por isso apresentam mais dificuldade em aprender as AVDs.

“No caso das crianças autistas, além de alterações sensoriais, elas também não conseguem fazer a imitação dos gestos humanos, então o treino das AVDS é extremamente importante para dar a elas autonomia”, explica Caroline.

O treino das Atividades de Vida Diária pode ser feito na casa da criança, sempre com o acompanhamento do terapeuta ocupacional, ou em uma clínica em que tenha disponível uma Sala de AVD. “A Sala de AVD é composta por vários elementos como mesa, pia para escovar os dentes, cozinha, cama, guarda-roupa, tudo o que é necessário para que o treino seja efetivo”, conta a especialista.

Caroline também explica que as crianças autistas também podem ter o que se chama tecnicamente de “defensividade tátil”: uma aversão a certas texturas, o que faz com que ela tenha dificuldade de desempenhar alguma atividade importante de autocuidado. Um bom exemplo dessa situação são crianças que não aceitam a textura da pasta de dente na boca e por isso não conseguem escovar os dentes. “O terapeuta ocupacional trabalha essas aversões, para que a criança vá se adaptando aos poucos”, afirma Caroline.

O principal objetivo dos treinos de AVDs e AIVDs é proporcionar o máximo possível de autonomia para o paciente. “Nós não queremos que essa criança dependa da família. O treino tem a função de ajudá-la se tornar cada vez mais autossuficiente para se preparar para a vida adulta, e quem sabe até construir uma carreira no futuro”.

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