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Silêncio, por favor!

Municípios criam o Disque Silêncio para coibir o barulho e especialistas alertam para os malefícios à saúde do excesso de ruído; o efeito mais direto é na audição.

 Publicado em  31/07/2014 às 16h42  Brasil  Cidades


A vida hoje está cada vez mais barulhenta. O silêncio é um ilustre desconhecido não só nas capitais, mas também em grandes e médios municípios do interior do país. Até mesmo no período em que o silêncio deveria prevalecer, os sons urbanos estão lá, agitando a madrugada. 

O barulho faz mal. De acordo com  critérios da Organização Mundial de Saúde, ruídos constantes acima de 55 decibéis durante o dia e 40 decibéis durante a noite são nocivos. 

A Sociedade Brasileira de Otologia estima que 30% a 35% das perdas de audição são consequência da exposição a esses ruídos comuns do dia-a-dia. E a ideia de que nos acostumamos com o barulho é um mito. Mesmo quando acreditamos que ele não incomoda, biologicamente continua a nos fazer mal. São buzinas a qualquer hora do dia ou da noite; obras; trânsito, carros de som; ronco de caminhões; gritos e algazarra nos prédios e condomínios, ruas e até nas escolas; festas e música alta em casa ou no vizinho; boates e outras incontáveis formas de ruído.

"Já se constata que a perda auditiva está começando a surgir mais cedo entre moradores de grandes cidades. O excesso de ruído piora a cada dia e sabemos que o barulho intenso e prolongado pode causar perda de audição ao longo dos anos", explica Marcella Vidal, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas.

Perturbar o sossego é crime previsto em lei federal. Para assegurar o direito ao silêncio, muitas cidades país afora já implantaram o Disque Silêncio. O nome pode variar, mas o objetivo é um só: combater o barulho que perturba os moradores de centros urbanos. O serviço existe em cidades como São Paulo; Rio de Janeiro; Florianópolis; Belo Horizonte e Governador Valadares (MG); Vitória, Vila Velha e Guarapari (ES); Cuiabá; Belém; Fortaleza e João Pessoa.

Em Cuiabá, registros do setor de Poluição Sonora da Secretaria Municipal de Meio Ambiente apontam que o barulho em residências é o que mais incomoda.  Somente em janeiro deste ano, foram recebidas 130 denúncias desse tipo, sendo que, no total, o Disque-Silêncio registrou em janeiro 371 reclamações, em média 12 por dia.

Pesquisas indicam que 10% da população mundial têm algum grau de perda auditiva e que grande parte das pessoas danificou sua audição por exposição excessiva a sons que poderiam ter sido evitados.

"A perda auditiva é tão gradual que muitas vezes não se tem certeza se ela está ocorrendo ou não. Por isso é preciso estar atento a sinais que podem indicar o início do problema, como o zumbido nos ouvidos", comenta a fonoaudióloga daTelex, especialista em audiologia. Segundo ela, é comum o indivíduo só procurar tratamento quando o caso já está mais grave.

A 'Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados' (PAINPSE) pode acontecer após um som de breve duração, porém muito intenso (explosão) ou devido à exposição frequente a ruídos ao longo da vida. Quanto mais barulho a pessoa estiver envolvida no cotidiano, maiores as chances dela ter perda auditiva mais cedo.

Para proteger a audição, o ideal é utilizar os atenuadores, com são chamados os protetores de ouvidos. Eles são leves e diminuem o impacto dos sons nos ouvidos. "Os atenuadores, como o nome diz, reduzem o volume excessivo, mas quem os usa não deixa de ouvir o som ambiente", explica a fonoaudióloga. Os atenuadores são moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, e os da Telex, por exemplo, diminuem o barulho entre 15 decibéis e 25 decibéis, conforme a necessidade do usuário.

Se houver suspeita de problemas para ouvir, o melhor é procurar um otorrinolaringologista. É ele quem vai indicar o tratamento mais adequado. Na maioria das vezes a indicação é de uso de aparelho auditivo, essencial para que o indivíduo resgate os sons e sua autoestima. Caberá então aos fonoaudiólogos definir qual tipo e modelo de prótese auditiva são os mais indicados. 

“O aparelho é programado e ajustado para tornar os sons audíveis para o paciente. Atualmente, há uma diversidade de modelos de aparelhos auditivos, discretos, com design moderno, alguns até mesmo invisíveis no ouvido (intraauriculares), adequados para diferentes graus de perda auditiva e que não ofendem a vaidade de quem usa”, conclui Marcella Vidal.

www.telex.com.br

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