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Sete pessoas estão com dengue na região de morte suspeita

A região é a mesma onde morava a aposentada Miltes Maria Causo Seraphin, de 77 anos, que faleceu na semana passada

 Publicado em  29/03/2015 às 08h00  Indaiatuba  Saúde


Sete moradores do quarteirão entre as ruas Cerqueira César e Bernadino de Campos, no Centro, contraíram dengue nas últimas semanas. A região é a mesma onde morava a aposentada Miltes Maria Causo Seraphin, de 77 anos, que faleceu na semana passada com suspeita de dengue hemorrágica. 

A reportagem do Mais Expressão esteve no local e conversou com diversos moradores, que se mostraram apreensivos com o surto de casos na região.

Miltes faleceu na sexta-feira, dia 20, no Hospital Irmãos Penteado, em Campinas onde estava internada desde a segunda-feira, dia 16. Além da aposentada, o esposo dela José Seraphin, de 79 anos, também contraiu a doença e segue internado na mesma unidade de saúde. 

A aposentada Vera Lúcia Genari, de 56 anos, mora na casa ao lado de Miltes e contou ter ficado espantada com a morte. “Éramos amigas há mais de 40 anos, jamais pensei que isso pudesse acontecer. Ela era extremamente organizada e limpa, por isso acredito que o foco é em outro lugar”, diz. 

A reportagem conversou ainda com a aposentada Célia Maria Parizoto, de 63 anos, que esteve no funeral da vítima e informou que os familiares da aposentada garantiram que a mesma havia falecido em decorrência da doença. “Disseram que ela teve Dengue Hemorrágica e não resistiu. É muito triste perder uma pessoa tão querida, mais ainda devido há uma doença tão perigosa, estamos muito apreensivos aqui na rua, por que várias pessoas estão com dengue”, conta. 

Na casa do eletricista Erick Stemers de Lima, de 30 anos, a esposa, o cunhado e a cunhada contraíram a doença. “Minha esposa, que acaba de dar a luz, pegou a doença e está se recuperando. Além disso, o irmão dela e a esposa também estão com com doença. Todos aqui na rua estão assustados por que a gente cuida da casa da gente, mas não sabemos do quintal do vizinho”, lamenta. “A vigilância passou aqui durante a semana, mas existem muitos terrenos baldios que não sabemos se são vistoriados. Ficamos assim, torcendo para que não ocorra em mais um da família.” 

A professora de inglês Roseli Hackmam, de 59 anos, está com a doença há cerca de uma semana. “Senti muito enjoo, logo fiz o exame e detectei que estava com Dengue. Além de mim, a minha mãe de 81 anos também pegou a doença. Estou muito preocupada por que quanto mais idade, mais vulnerável se torna né e agora com a suspeita da morte da dona Mirtes, que mora na casa de trás da minha, fico mais apreensiva”, diz.

Na família da comerciante Sandra Evelyn Ruque, de 51 anos, foram dois casos. “Minha mãe e minha Tia estão com a doença, estamos muito assustados ainda mais agora com a suspeita da morte da Miltes”, salienta. 

 

Suspeita

De acordo com os moradores ouvidos pela reportagem, um imóvel localizado na Rua Cerqueira Campos, onde funcionava uma academia, pode ser o possível foco. Roseli mora ao lado do local e afirma que não sabe se a piscina do imóvel está limpa e coberta. “Já entrei em contato e me dizem que está limpa e fechada, porém não da pra ter certeza né. A equipe da dengue passa aqui, mas diz que não pode entrar pois é uma área particular, com isso temos muito medo”, diz. 

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura, que informou que o local já foi vistoriado e não apresenta riscos. 

Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura, até o momento foram confirmados 77 casos de Dengue na cidade, sendo 65 autóctones, 12 importados e 1 inconclusivo, e outros 291 pessoas estão aguardando o resultado dos exames. 

 Com relação à morte da aposentada, o órgão informou que ainda não há resultado do laudo do Instituto Adolfo Lutz, que determinará se a vítima faleceu em decorrência da doença. O prazo para o resultado é de até 70 dias. 

Questionada se a região seria um possível foco da doença, devido ao grande número de contaminados, a Secretaria destacou que a Saúde já realizou busca ativa nas proximidades da residência da aposentada e que na Vigilância Epidemiológica há quatro casos confirmados na região, conforme os protocolos do Ministério da Saúde. 

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