Segue investigação à quadrilha que explodiu caixas eletrônicos no Ciaei

A Polícia Civil continua as investigações à quadrilha de pelo menos oito homens que invadiu o Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (Ciaei) na quinta-feira passada, dia 23, e que explodiu dois caixas eletrônicos do local.

Além da busca pelo carro usado pelo grupo, os investigadores querem rastrear por meio de satélite os celulares usados pela quadrilha. 

Em entrevista ao Mais Expressão, o delegado titular do 1º Distrito Policial, Danilo Amâncio Leme, informou que o primeiro passo das investigações foi dado no dia do crime, com a análise das câmeras do Ciaei e do monitoramento da cidade. 

Pelos equipamentos, o delegado conta que foi possível identificar que o veículo Pajero, usado pela quadrilha, estava com placas clonadas de um carro de São Paulo e entrou na cidade pela Avenida Visconde de Indaiatuba. “Pelos números da placa nós encontramos o endereço e, em contato com a Polícia Civil da capital, descobrimos que o carro estava lá e por isso a placa da Pajero era clonada”, explica.  

Também pelo monitoramento, Leme conta que foi possível ver que o carro não saiu da cidade após o roubo e que só há duas possibilidades: “ou esse carro ainda está na cidade, ou ele passou pelo monitoramento da saída da Toyota, pois fomos informados que o mesmo passava por reparos e não estava em funcionamento. Desse modo não temos imagens do local”, salienta. 

Agora as investigações entram em uma segunda etapa. De acordo com Leme, os policiais vão recorrer às antenas de celulares para saber se houve comunicação via o aparelho antes, durante e após o roubo. “Vamos buscar os sinais captados próximos ao Ciaei, saber quais ligações foram feitas e tentar rastrear alguma coisa. Mesmo que os aparelhos estejam desligados ou tenham sito descartados, é possível conseguir alguma pista”, garante. 

O delegado relata ainda que provavelmente alguém na quadrilha era morador da cidade, isso por que o grupo já possuía uma rota de fuga planejada pelo Jardim Monte Verde. 

Leme diz que pelas câmeras do Ciaei não foi possível fazer o reconhecimento de nenhum dos assaltantes, já que todos estavam encapuzados. O delegado afirma ainda que devido à agilidade da ação não é possível avaliar em profundidade o comportamento do grupo, mas diz que pelo menos dois deles apresentavam experiência do porte de arma. 

A reportagem entrou novamente em contato com a assessoria de imprensa do Banco Santander, mas a mesma informou que não será divulgado o valor levado pelos assaltantes. 

O caso

O assalto ocorreu por volta das 5 horas, quando a quadrilha invadiu o Centro e explodiu o terminal com dois caixas eletrônicos do Banco Santander. A ação durou cerca de cinco minutos e de acordo com o Secretário Municipal de Segurança Pública, Alexandre Guedes Pinto, as viaturas da Guarda Civil chegaram minutos após os homens terem fugido. 

Em entrevista ao Mais Expressão na ocasião, o secretário informou os assaltantes não chegaram a ver os dois vigias que trabalham na segurança do Centro. “Eles não estavam na guarita no momento da invasão, estavam em uma sala próxima e lá permaneceram escondidos após ouvirem o barulho da entrada da quadrilha”, conta. 

As câmeras de monitoramento apontam que pelo menos oito homens participaram da ação. Um deles ficou na direção do veículo e dois fizeram a segurança no portão do Centro enquanto os outros preparavam a explosão dos caixas eletrônicos. 

Ainda de acordo com o secretário, este é o primeiro caso de explosão de caixa eletrônico na cidade. “Nunca tivemos esse tipo de crime na cidade, a única ocorrência similar foi há alguns anos quando um jovem resolveu colocar uma “banana” de dinamite em um caixa. Porém, logo a Guarda chegou, o armamento foi retirado e nada aconteceu”, finalizou.