Saúde descarta surto ativo de sarampo

A Secretaria de Saúde de Indaiatuba afirma que a cidade não está em surto ativo de sarampo, pois de acordo com a Vigilância Epidemiológica há apenas dois casos confirmados de sarampo, sendo um autóctone e outro importado residente. Além disso, há 17 casos em análise e o resultado vem pelo Instituto Adolfo Lutz, porém, não há previsão para o resultado.
Segundo a pasta, há mais de 15 anos não se registrava casos de sarampo na cidade, vindo a ocorrer neste ano, sendo que o primeiro caso registrado na cidade é de um menino de 10 anos, residente no bairro Jardim Paulista II com duas doses da vacina tríplice viral, histórico de viagem recente para São Paulo capital e estudante da E.E Annunziatta Leonilda Virginelli Prado. O segundo caso é uma menina de 1 ano que não frequenta creche e não tem histórico de viagem, é residente no bairro Nova Veneza. A criança apresentou os sintomas em maio e foi atendida em unidade de saúde privada em Salto, e a notificação foi confirmada na segunda quinzena de junho por meio de laboratório particular.
No último dia 6, o Ministério da Saúde emitiu nova orientação sobre a doença afirmando no informativo que Indaiatuba está entre os munícipios em situação de risco. Porém, de acordo com a Secretaria de Saúde o Ministério da Saúde errou ao colocar a cidade em situação de surto. Em nota a pasta afirma que “o erro aconteceu após três pacientes positivos de outras cidades informarem endereço de parentes em Indaiatuba como residência, no entanto as informações já foram corrigidas na DRS VII Campinas (Departamento Regional de Saúde) e Indaiatuba aguarda a correção oficial da lista de municípios por meio do Ministério da Saúde”.

Estratégia
Para evitar um surto na cidade, a Secretaria de Saúde executou um plano de ação de intensificação de vacinação nas escolas da cidade que teve início na semana passada em todas as escolas de Indaiatuba com alunos de até 5 anos. A ação visa atualizar a carteira de vacinação e manter em dia a vacina Tríplice Viral que protege contra Sarampo, Caxumba e Rubéola e a vacina é dada in loco caso possua alguma dose em falta. Até o momento já foram aplicadas mais de 1.500 doses em ações de bloqueio e/ou intensificação. As crianças que estão com a carteirinha de vacinação em dia não precisam se imunizar novamente.

Vacinação
Em Indaiatuba, segundo a pasta, a atual cobertura da Tríplice Viral para crianças de 12 meses é de 98,69%.  A secretária de Saúde, Graziela Garcia, ressalta a importância da vacinação. “Não estamos em surto de sarampo, mas precisamos conter essa doença e isso só é possível com a vacinação, por isso é importante manter todo o calendário vacinal em dia. Nós da Secretaria de Saúde temos colocado em prática planejamentos para aumento da cobertura vacinal e estamos com bons resultados. Pedimos para que todos verifiquem sua caderneta de vacinação para manter sempre a saúde em ordem, tanto as crianças como os adultos.”, explica Graziela.
Para aqueles que pretendem viajar reforça-se que viajantes com destinos aos munícipios em situação de risco ou viagens internacionais procurem um posto de saúde pelo menos quinze dias antes da viagem, para serem avaliados e vacinados

Alerta 
O Ministério da Saúde registrou, entre 5 de maio a 3 de agosto de 2019, 907 casos confirmados de sarampo no Brasil, em três estados: São Paulo (901), Rio de Janeiro (5) e Bahia (1). O coeficiente de incidência da doença foi de 0,4 por 100.000 habitantes.
O país vinha de um histórico de não registrar casos autóctones desde o ano 2000. Entre 2013 e 2015, ocorreram dois surtos da doença a partir de casos importados, nos estados do Ceará e Pernambuco, com 1.310 casos. Os surtos foram controlados com as medidas de bloqueio vacinal e, em 2016, o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação do Sarampo, emitido pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). 
O Brasil perdeu o certificado em fevereiro deste ano e, atualmente, empreende todos os esforços para eliminar novamente a transmissão do vírus no país, com reforço da vacinação contra o sarampo. Manter altas e homogêneas coberturas vacinais na população é a única forma de evitar a transmissão da doença.

Principais sinais e sintomas do sarampo:

• Febre alta, acima de 38,5°C;
• Dor de cabeça;
• Manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo
• Tosse;
• Coriza;
• Conjuntivite;
• Manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas.