Preparativos para o 8° fórum da água é discutido no fórum brasil de gestão ambiental

Está acontecendo em Campinas o Fórum Brasil de Gestão Ambiental, para promover o diálogo entre diversos setores: público, privado, instituições e organizações não governamentais, a fim de promover a gestão ambiental em um processo de construção coletiva, com intercâmbios de ideias e iniciativas inovadoras que estão curso em todo país.

Um dos encontros teve como tema os “Preparativos para o 8º Fórum Mundial da Água: compartilhando caminhos para Brasília 2018”, para promover a troca de experiências com cases nacionais e internacionais na área de gestão de recursos hídricos e saneamento ambiental.

O Museu da Água de Indaiatuba foi indicado para ser um dos destinos internacionais para visitas técnicas e turísticas, durante o Fórum que acontecerá em Brasília em 2018, e para representar o Saae no evento, Juliano Rufini, que é o interlocutor da autarquia no Município Verde Azul, participou do encontro.

A abertura do evento contou com as presenças do Presidente do Consórcio PCJ e prefeito do município de Nova Odessa, Benjamim Bill Vieira de Souza, do diretor técnico operacional da Agência Reguladora (ARES-PCJ), Carlos Roberto Gravina, do diretor presidente da Agência de Bacias PCJ, Sérgio Razera, e do vice-presidente dos Comitês PCJ e diretor técnico da Sanasa-Campinas, Marco António Santos.

Bill destacou a importância de a gestão de recursos hídricos se adequar a ocorrência de eventos extremos. “A crise hídrica em 2014 deixou o Estado de São Paulo quase sem água, mas será que isso nunca mais vai voltar a acontecer? Fico feliz que o Brasil receba nesse momento o Fórum Mundial da Água numa época que os eventos extremos assolam nosso país, é o momento oportuno para debatermos soluções para melhorar a gestão da água”, disse.

Após a abertura do encontro, a representante da Agência Nacional de Águas e membro da organização do 8º Fórum Mundial da Água, Taciana Leme, fez uma apresentação sobre o como está a organização do evento e quais são as formas de participação da comunidade para contribuir com os debates. Ela apresentou em detalhes a plataforma digital “Sua voz”, que funciona como uma consulta pública, aberta para pessoas do mundo todo enviarem suas contribuições sobre os temas do Fórum.

Taciana apresentou ainda as iniciativas do Processo Cidadão que prevê ações antes, durante e depois do Fórum Mundial da Água. Entre elas, está a coleta de vídeos da comunidade para apresentação no evento em março de 2018, que podem ser inscritos no site do Fórum (www.worldwaterforum8.org).

Em seguida, foi realizada uma rodada de troca de experiências com a apresentação de cases, contando com as presenças do Consul de Israel para assuntos econômicos, Boaz Albaranes, do gerente da empresa de abastecimento israelense Mekorot, Alon Lev, do diretor da BRK Ambiental, Rogério Tadeu Ramos Sarro, e tendo como mediadora a superintendente do Saae de Atibaia, Fabiane Santiago.

O Consul israelense destacou que o segredo da sustentabilidade hídrica de Israel é o planejamento que vem sendo feito há mais de 70 anos ao passo que a água é tratada como assunto de segurança nacional. Já o Sr. Lev pontuou sobre as ações estruturais e sobre os valores tarifários cobrados por Mekorot, destacando que a sociedade israelense tem consciência sobre o valor da água.

O diretor da BRK ambiental apresentou as ações socioambientais da empresa, além de explicar o processo de mudança acionária da companhia, que comprou 70% da Odebrecht Ambiental, tornando-se a maior acionista. Tadeu criticou a politização que o tema água sofre no Brasil. “A politização da água atrasa investimentos e o desenvolvimento do setor no país”, destacou.