Pintor é preso depois de roubar e matar amigo

O pintor Tiago Franco Oliveira, de 28 anos, foi preso em flagrante pela Guarda Civil na madrugada de quarta-feira, dia 26, acusado de roubar e matar o industriário José Paulino do Couto, de 67 anos. O assassinato aconteceu no Jardim Califórnia, horas antes do suspeito ser preso. 

A vítima foi encontrada enforcada com um fio e inicialmente a Polícia Militar, que foi acionada inicialmente ao local, tratou o crime como hipótese de suicídio e homicídio. Segundo o Boletim de Ocorrência (BO), o corpo de Couto estava no chão, com o fio em volta do pescoço e apresentava sinais de luta. 

A Polícia Civil foi chamada à cena do crime e diante das evidências, os investigadores determinaram se tratar de homicídio. Ainda no local, os policiais conversaram com o irmão de Oliveira e o mesmo contou que o pintor havia confessado o crime. “A testemunha contou que viu o irmão pulando o muro da casa da vítima, logo depois o acusado contou que havia cometido o assassinato e roubado o dinheiro”, diz o delegado titular Marcelo Eduardo Bueno da Silveira. “O irmão tentou conter o acusado, mas ele disse que era brincadeira e fugiu.” 

Com a descrição física de Oliveira, a Guarda Civil iniciou patrulhamento pela região e momentos depois avistou o pintor em um ponto de ônibus próximo ao Polo Shopping. Abordado, o jovem disse que conhecia a vítima, porém negou que tivesse cometido o latrocínio (roubo seguido de morte). 

No entanto, diante das suspeitas, Oliveira foi conduzido para a Delegacia de Polícia. No Distrito, a autoridade de plantão determinou pela prisão em flagrante do pintor, que já tem passagem pela polícia por um furto praticado em 2006. 

Motivação

De acordo com o delegado, Oliveira e Couto passaram à tarde de terça-feira, dia 25, bebendo na companhia de outras pessoas. Em seguida, a vítima teria pago R$ 10 para que o pintor o ajudasse na mudança para sua nova casa, o que teria sido aceito pelo acusado. 

Foi mais tarde que o irmão de Oliveira conta ter visto o irmão saindo da casa da vítima e confessado o assassinato. “Ele teria dito 'acabei de matar o José e roubei o dinheiro dele'”, diz a autoridade. 
Segundo o delegado, ainda não se precisou a quantia levada no roubo, já que o dinheiro não foi localizado. “A família da vítima conta que ele tinha R$ 150 para pagar os aluguéis da nova moradia, mas não sabemos se esse pagamento foi efetuado ou se o autor roubou”, explica. “O que sabemos pela testemunha é que Oliveira faz uso de entorpecentes e quando está sob efeito de drogas costuma ser muito violento”. 

Após ser ouvido, o acusado foi encaminhado à cadeia anexa ao 2º DP de Campinas. O frio usado no assassinato também foi recolhido ao Instituto de Criminalística.