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Pastor é preso por abuso sexual contra crianças

José Iran Alves da Silva, de 62 anos, foi preso na quarta

 Publicado em  23/04/2016 às 07h00  Indaiatuba  Polícia


Outros casos antigos cometidos pelo pastor foram descobertos pela polícia

Outros casos antigos cometidos pelo pastor foram descobertos pela polícia
Foto: Paulo José/Tribuna de Indaiá

O pastor evangélico José Iran Alves da Silva, de 62 anos, responsável por uma igreja no Parque Indaiá, foi preso pela Polícia Civil na manhã de quinta-feira, dia 19, acusado de abuso sexual de três menores com idades entre 7 e 12 anos.

Segundo o investigador da Polícia Civil, Felipe Tavares, duas das garotas eram irmãs e ficavam na casa do pastor enquanto seus pais iam trabalhar. “Os pais das duas vítimas tinham uma relação de amizade e confiança, por isso deixavam as meninas para que ele tomasse conta, sem nenhuma preocupação”, conta.

Numa situação dessas, uma das crianças, de 11 anos, escreveu uma carta relatando aos pais que o pastor não era bom como eles imaginavam. “A menina contou que ele a beijava, tocava suas partes íntimas e lhe entregava dinheiro, dizendo para não contar a ninguém e que era um segredo entre eles”, disse o policial.

Ao tomarem conhecimento, os pais receberam queixas iguais da irmã menor e posteriormente souberam que em outra situação a tia das crianças, uma menor de 12 anos, que veio de Sorocaba visitar os parentes em Indaiatuba, também havia sido abordada pelo pastor, da mesma maneira. Uma vítima não sabia do ocorrido com a outra, segundo Tavares. 

A família levou o caso à Polícia e as meninas passaram por exames no Instituto Médico Lega (IML), em Campinas, não constatando conjunção carnal (penetração), porém os fatos de assédio já configuram crime de estupro.

Na investigação, que durou cerca de 40 dias, foi descoberto ainda que Silva estava envolvido em um caso de estupro de duas crianças (de 12 e 14 anos) na mesma igreja, em 1999. Nessa situação, houve conjunção carnal, no entanto o processo foi arquivado. Outro caso envolvendo o nome do pastor foi constatado antes, em 1993. “São 23 anos que o homem faz isso”, afirma o policial.

A Polícia Civil ouviu relatos de mais casos de abusos praticados pelo pastor, porém não formalizados em Boletins de Ocorrência (BOs). “Algumas pessoas foram molestadas, mas não denunciaram por medo, vergonha, pressão da própria Igreja ou ameaça”, conta Tavares.

Com o relatório em mãos, a prisão preventiva de Silva foi decretada. Ele se entregou na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e disse que tudo não passou de um mal entendido e que estava sofrendo perseguição por parte das vítimas.

Diante dos fatos, o pastor foi preso, levado para cadeia anexa ao 2° Distrito Policial (DP) de Campinas e posteriormente encaminhado à cadeia de Sorocaba, onde ficam presos pessoas de natureza sexual.

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    Foto: Paulo José/Tribuna de Indaiá

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