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OMS classifica Estado de São Paulo como área de risco de febre amarela amarela

Em Indaiatuba não foi registrado nenhum caso em humano, nem em animal

 Publicado em  19/01/2018 às 10h55  Estado SP  Saúde


O Governo do Estado de São Paulo antecipou o mutirão de vacinação para as cidades consideradas de risco para o dia 25 deste mês

O Governo do Estado de São Paulo antecipou o mutirão de vacinação para as cidades consideradas de risco para o dia 25 deste mês
Foto: Eduardo Saraiva/A2img

A Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu todo o Estado de São Paulo em área de risco de febre amarela. A medida foi tomada na última terça-feira, dia 16. Até essa data, foram registrados 40 casos de febre amarela no Estado, além de 21 mortes.
Até o momento, Indaiatuba não registrou nenhum caso da doença, mas cidades próximas como Jundiaí e Campinas, registraram um caso cada. Itatiba, que também compõe a Região Metropolitana de Campinas (RMC), registrou dois casos e uma morte.
A imunização no município começou a partir abril de 2017. A estimativa da Secretaria Municipal de Saúde é de que cerca de 70% da população já esteja imune. Para os que pretendem tomar a vacina, é necessário fazer um agendamento em uma das unidades básicas de saúde da cidade. As que estão sendo aplicadas nas unidades de Indaiatuba são as com dose padrão, ou seja, apenas uma basta para a vida toda, sem necessidade de reforço.
Na cidade também não foi registrado nenhum óbito de macaco. Entretanto, 2491 morreram no Estado de julho de 2016 até o momento. Foi confirmada a doença em 617 deles por meio de análise laboratorial. Desse total, 61,5% estavam na região de Campinas, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde.
A partir de agora, com a classificação da OMS, todos que viajarem para São Paulo devem estar imunizados contra a febre amarela. No total, 26 parques haviam sido fechados no Estado e até o momento, apenas 3 foram reabertos.

Mutirão
O Governo do Estado de São Paulo estava planejando um mutirão para combater a febre amarela do dia 3 até 29 de fevereiro em 53 cidades consideradas em área de risco. Entretanto, esse mutirão foi adiantado para o dia 25 deste mês. 
A expectativa do governo estadual é vacinar mais de 6,3 milhões de pessoas no Estado em áreas consideradas de risco. “A escolha das áreas prioritárias é técnica, são os chamados corredores, as pessoas mais susceptíveis a febre amarela silvestre”, afirma o governador Geraldo Alckmin.
As vacinas que serão entregues nos postos de saúde são as doses fracionadas, que contém apenas 1/5 da dose completa, mas que possuem o mesmo efeito de imunização. A diferença é que a dose completa dura para a vida toda. Já a fracionada, apenas por 8 anos. É uma medida de curto prazo para impedir que mais pessoas sejam infectadas.
Além disso, o governo já fez um pedido extra de mais 1 milhão de vacinas ao Governo Federal para ampliar a imunização. “Como a demanda é grande, falamos com o ministro da saúde Ricardo Barros e ele vai mandar mais 1 milhão de doses. O que é importante é não ter pânico, e o trabalho está sendo bem feito”, comenta Alckmin.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou por meio de nota que “intensificou as medidas preventivas contra a febre amarela no Estado desde o início de 2016, por meio de monitoramento da circulação do vírus nos chamados corredores ecológicos e vacinação. Somente em 2017 foram vacinadas no Estado 7 milhões de pessoas, o que representa praticamente o dobro do número de imunizados ao longo dos dez anos anteriores”.
Agora, com a campanha que será iniciada no final do mês, o objetivo é a imunização de mais 7 milhões de pessoas. “Com isso, até o final de fevereiro cerca de metade da população paulista estará imunizada contra a doença”, explica a secretaria. Por enquanto os principais focos da imunização têm sido a Zona Norte da capital e as regiões de Osasco, Jundiaí e Alto Tietê.
Além disso, o órgão está monitorando a circulação do vírus com acompanhamento de mosquitos, macacos e casos humanos.
A Secretaria recomenda que as pessoas que residem em locais ainda não alcançados pelo vírus da febre amarela e que não irão viajar para áreas consideradas de risco nas próximas semanas devem aguardar o início da campanha para receberem a vacina. Quem já tomou a vacina não precisa receber uma segunda dose. As pessoas ainda não imunizadas que forem viajar para áreas de risco ou para países que exigem vacinação contra a febre amarela devem tomar uma dose dez dias antes do deslocamento.

 

Tire suas dúvidas:
 

Quem não pode tomar a vacina?
Pessoas com alergia a algum componente da vacina, como ovos e derivados, assim como quem está com febre. Além disso, quem faz tratamento com terapias imunossupressoras, como quimioterapia e doses elevadas de corticosteroides também não devem tomar a dose. Gestantes, mulheres que estejam amamentando, portadores do vírus HIV e idosos com mais de 60 anos também não possuem recomendação para tomar a vacina.

Sintomas
A febre amarela é marcada por sintomas como dores nas costas, no abdômen ou nos músculos, calafrios, fadiga, febre, mal-estar ou perda de apetite. A doença também pode causar enjôo ou vômito e delírio, e é comum dores de cabeça, pele e olhos amarelados ou até mesmo sangramento.
Porém, a avaliação médica é sempre imprescindível para um diagnóstico mais preciso e o tratamento mais adequado.
 

Informações importantes sobre a febre amarela:
– A febre amarela não é contagiosa;
– É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus da febre amarela;
– Entre os sintomas iniciais estão calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos e fadiga;
– Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como as dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos;
– Consulte um médico antes de tomar a vacina;
 

Assim como humanos, macacos são hospedeiros e não transmite a febre

Muitos macacos estão sendo agredidos ou mortos, pois alguns acham que eles podem transmitir a doença, porém os primatas são apenas vítimas da febre amarela, sendo que somente os mosquitos Haemagogus e Sabethes podem transmitir a doença.
Quando os macacos morrem em determinada área, servem para que os órgãos de saúde identifiquem uma possível circulação do vírus no local, ou seja, eles auxiliam na identificação de áreas de risco.

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    Foto: Eduardo Saraiva/A2img

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