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Olhos pedem cuidado na baixa umidade

Baixa umidade assola o país e uma área entra em estado de alerta. Conheça as novidades para combater o olho seco.

 Publicado em  10/09/2019 às 16h00  Brasil  Saúde


A OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza que q umidade relativa do ar abaixo de 60% prejudica a saúde.  Durante esta semana a umidade vai estar abaixo disso em praticamente todo o país.  A previsão do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) é de que as áreas mais afetadas devem ser a região centro-oeste, estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Tocantins, sul do Pará e sudeste do Amazonas. Esta parte do Brasil deve permanecer em estado de alerta com umidade abaixo de 20% até o fim de semana. 

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de todos os órgãos o olho é o mais afetado pelo tempo seco. Isso porque, a baixa umidade aumenta a concentração de poluentes e microrganismos no ar.  Ao mesmo tempo, resseca a lágrima e deixa os olhos desprotegidos dessas agressões externas. Os sintomas do olho seco são vermelhidão, ardência, visão embaçada, coceira, e maior sensibilidade à luz. O oftalmologista adverte que se não for tratado pode causar cicatrizes ou inflamação na córnea, inviabilizar o uso de lente de contato,  agravar o ceratocone, predispor à blefarite uma inflamação nas pálpebras,  a conjuntivite viral  e à alérgica.

 

Grupos e fatores de risco

Queiroz Neto afirma que o envelhecimento aumenta o risco da síndrome do olho seco, principalmente entre mulheres porque após a menopausa a queda dos estrogênios resseca todas as mucosas, inclusive as oculares. Mas a diminuição da lágrima não se restringe aos mais velhos. Horas em frente às telas digitais também resseca a lágrima, independente da idade. Um estudo feito pelo oftalmologista mostra que 30% das crianças que ficam mais de duas horas conectadas têm os sintomas da síndrome. O pior é que uma pesquisa que acaba de ser realizada em Londres mostra que o uso das redes sociais cresceu cerca de 60% nos últimos sete anos entre os 25 países analisados. O Brasil está em segundo lugar no ranking com uma média de 225 minutos/dia, ou seja, quase 4 horas/dia de uso das redes sociais. O médico destaca que a predisposição ao olho seco também pode ser agravada  pelo uso de lentes de contato, ceratocone,  ambientes com ar condicionado,  doenças autoimunes como  síndrome de Sjögren, síndrome de Stevens Johnson, lúpus e alergias.

 

Diagnóstico

O especialista afirma que a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em agosto deste ano uma nova tecnologia que faz o diagnóstico do olho seco em 3D. O dispositivo é colocado na lâmpada de fenda utilizada nos exames oftalmológicos de rotina. Permite avaliar cada camada da lágrima, a estabilidade do filme lacrimal, eficiência da piscada, o reflexo da pálpebra, o funcionamento das glândulas de Meibômio e o diâmetro da pupila sem tocar nos olhos . Por isso, é mais eficaz que o método convencional que por ter contato com a superfície do olho pode mascarar o resultado do teste.

 

Luz pulsada ganha terapia coadjuvante

Queiroz Neto ressalta que a mais nova terapia para tratar olho seco é uma tecnologia de luz pulsada que estimula a glândula de Meibômio a produzir a camada lipídica da lágrima. Relatório da ARVO (Association for Research in Vision and Ophthalmology) revela que a maior causa do olho seco no mundo é justamente uma disfunção nesta glândula que diminui a produção da camada gordurosa do filme lacrimal. "Isso porque, é esta camada da lágrima que regula sua evaporação", explica. O médico destaca que o tratamento inclui pelo menos 3 sessões, sendo uma por mês.  Ele conta que recentemente o oftalmologista Thiago Queiroz do Instituto Penido Burnier, criou um modelo de óculos/compressa para potencializar o tratamento de blefarite e olho seco. Após a luz pulsada os óculos/compressa devem ser aquecidos por 5 segundo no micro-ondas e aplicados nos olhos por 2 vezes.

 

Prevenção

O oftalmologista afirma que as principais dicas para prevenir  o olho seco são: Umidificar os ambientes com toalhas  ou vasilhas com água; Evitar a exposição dos olhos ao sol  sem lentes que filtrem 100% da radiação UV;  Não fazer exercícios físicos  em espaços aberto das 10 às 16 horas; Só usar colírio com prescrição médica; Manter o corpo hidratado; Incluir na dieta fontes de ômega 3 como semente de linhaça, sardinha, salmão  ou bacalhau.

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