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O caminho da água para todos

Tel Aviv, a segunda maior cidade de Israel, é um exemplo a ser seguido

 Publicado em  21/03/2019 às 09h10  Brasil  Variedades


Estima-se que, em 2025, cerca de 5,5 bilhões de pessoas no mundo não terão acesso à água potável. E a situação pode ficar ainda mais crítica. Em 2050, o número pode avançar para 75% da população, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Além da falta de água, outros problemas assolam os novos tempos, como a não reutilização desse recurso e a falta de saneamento básico.

Tel Aviv, a segunda maior cidade de Israel, é um exemplo a ser seguido. Por estar localizada em uma região com poucos recursos hídricos, foram desenvolvidas algumas medidas com o objetivo de aproveitar toda a água e eliminar perdas consideráveis. Resultado: 80% a 90% do esgoto da cidade é tratado e reutilizado. A cidade também possui usinas de dessalinização e, nas escolas, as crianças recebem desde cedo informações sobre educação ambiental.

Para se ter uma ideia como esse número é extremamente relevante, segundo estudo do Instituto Trata Brasil, no nosso país apenas 46% dos esgotos são tratados e a média das 100 maiores cidades brasileiras em tratamento dos esgotos foi de 50,26%.

Nesse contexto, é necessária uma política mais ostensiva de utilização da água com regras mais rígidas e até incentivo para quem apresentar boas práticas. Ouvir e assistir bons exemplos é um caminho. No Japão, por exemplo, todas as indústrias utilizam água de reuso. O seu uso no ambiente residencial também é consciente. Nos edifícios com mais de 10 mil m² é obrigatório a existência de um sistema de tratamento e reuso de água.

Estudos revelam que um dos gargalos do desperdício da água no Brasil é a perda no momento de distribuição. De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2017), ao distribuir água para consumo, os sistemas sofrem perdas na distribuição, que na média nacional alcançam 38,29%. Se fatiarmos esses obstáculos, vemos que a região Norte perde 55,14% de água boa para consumo. No Nordeste, esse número equivale a 46,25%, no Sudeste a 34,35%, no Sul a 36,54% e no Centro Oeste é de 34,14% a perda de água potável.

Se lembrarmos do exemplo de Tel Aviv, isso configura um caminho muito longo a ser percorrido. A educação da utilização correta desse recurso é um primeiro passo a ser dado. Um habitante brasileiro consome, em média, 154,1 litros de água ao dia. Segundo a ONU, 110 litros por dia seriam suficientes para atender todas as necessidades básicas de um ser humano. Se você considerar a realidade brasileira, onde 35 milhões de brasileiros não são atendidos com abastecimento de água tratada em suas casas, conscientizar a população para um consumo responsável é uma das direções certas.

Essa é uma discussão frequente que tem que fazer parte das pautas dos governos estaduais e federais. As estatísticas e os bons exemplos ao redor do mundo estão aí para trazer um direcionamento e mostrar o que as boas práticas alcançaram. Rico é o país que utiliza sabiamente os recursos naturais e, consequentemente, oferece qualidade de vida aos seus habitantes. 

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