Publicado em 15/10/2021 às 00h16 Indaiatuba Coronavírus
Eloy de Oliveira
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A pandemia provocada pela disseminação do coronavírus no mundo inteiro, desde 2020, elevou em 20% na média o número de profissionais de saúde empregados nos serviços de atendimento em Indaiatuba.
O número só não foi maior porque a Lei Federal 173, de 2020, editada no início da pandemia, proibiu o aumento de gastos com pessoal nas Prefeituras, o que acabou barrando o chamamento de concursados.
Mesmo assim, a administração teve de se valer da contratação de leitos de UTI terceirizados para fazer frente à demanda de pacientes que precisavam de internação e de cuidados especiais, como respiradores.
Flutuação
No Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc), o aumento variou conforme a demanda por leitos, tanto clínicos quanto de UTI, mas nunca superou o teto de 20%, segundo a assessoria de imprensa.
A flutuação do número de pacientes e de leitos foi grande durante os primeiros 18 meses da pandemia, informa a assessoria. Por isso, o número exato de contratações não pode ser fechado para divulgação.
Em razão dessa flutuação, vários dos profissionais contratados para atender o excesso de demanda não permaneceram ou não permanecerão com a redução do número de atendimento, que já ocorre.
A assessoria do Hospital Santa Ignês informou que não poderia divulgar se houve ou não aumento do número de funcionários, devido a normas internas, e que só o faria para autoridades sanitárias.
Reposição
Na Prefeitura, o número de contratados aumentou apenas por conta do chamamento obrigatório de concurso: foram 20 técnicos de enfermagem, 5 enfermeiros e 8 médicos plantonistas.
Já o número de servidores atuando na saúde no geral não cresceu porque ainda não houve reposição de servidores que se aposentaram ou se afastaram ou ainda que decidiram deixar o serviço público.
A assessoria da Prefeitura informou que o número de profissionais atuando na saúde caiu de 1.239 antes da pandemia para 1.236 hoje, embora as reposições ainda venham a ocorrer conforme a liberação orçamentária.
Exaustão
Seja por reposição ou aumento devido à demanda, o fato é que os profissionais de saúde que atuaram na linha de frente desde o início da pandemia estão exaustos e com a própria saúde comprometida.
Pesquisa realizada pela Fiocruz, em todo o território nacional, revela que a pandemia alterou de modo significativo a vida de 95% dos trabalhadores da saúde, sendo que 50% deles admitiram excesso de trabalho.
Sem a reposição ou sem que ela tenha sido no volume necessário, muitos desses profissionais cumpriram jornadas além das 40 horas semanais e um elevado número (45%) necessita de mais de um emprego.
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