Publicado em 16/04/2021 às 09h02 Indaiatuba Polícia
Apenas entre janeiro, fevereiro e março de 2021 foram registrados 426 casos no município
Foto: i Stock
Eloy de Oliveira
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O número de golpes ou crimes de estelionato praticados contra moradores de Indaiatuba cresceu 64,5% durante a pandemia ao longo do ano passado, segundo o delegado titular do município, Luiz Fernando Dias de Oliveira.
Entre os registros da Delegacia Central e do 1º Distrito, comandado pelo delegado substituto José Clésio Silva de Oliveira Filho, o número de casos saltou de 741 em 2019 para 1.222 em 2020 e 70% deles ocorreram pela internet.
A tendência observada nos três primeiros meses deste ano é de que o número de casos continue subindo. A projeção é de que suba mais 39,44% sobre os registros do ano passado se a média dos primeiros meses de mantiver.
Apenas entre janeiro, fevereiro e março foram registrados mais 426 casos, o que dá uma média de 142 casos por mês e projeta um total de 1.704 registros até o final do ano, se a média se mantiver nos mesmos patamares.
Bandidos não inovam
Para os delegados Luiz Fernando e José Clésio, as pessoas caem nos golpes por não terem informação suficiente, por medo de se envolverem em problemas e por vergonha em alguns casos, mas os métodos são antigos.
“Os golpes do boleto falso, da compra inventada e do financiamento de veículos são os mais comuns e já são conhecidos há anos. Recentemente se iniciou o golpe do PIX, mas a dinâmica é a mesma”, diz Luiz Fernando.
Em todos os golpes, os bandidos se passam por representantes de lojas, bancos, financeiras e concessionárias. Dizem que a vítima deve alguma coisa e que vão executar essa dívida se não receberem adiantamento ou um acordo.
Casos curiosos
Apesar de não ser novo, chama a atenção um tipo de golpe que vem sendo praticado principalmente contra homens de meia idade e no qual os bandidos se passam por policiais: trata-se do golpe da “Menina Fácil”.
Em geral, uma mulher muito jovem começa a conversar com a vítima. Então ela diz que enviará fotos nuas suas se o homem também mandar. Assim que ele manda uma, entra em cena o golpista se passando por delegado.
O bandido faz ameaças à vítima dizendo que ela cometeu um crime de pedofilia, porque se tratava de uma menor. Aí diz que pode fazer um acordo por ser delegado, já que a vítima parece ser boa pessoa e ter família a zelar.
Proteção é informação
Os delegados afirmam que o cidadão deve se precaver.
“Nunca a polícia faria um acordo desses. Não existe contato de delegado com acusado para livrá-lo de acusação”, diz o delegado titular Luiz Fernando.
Para os delegados, tanto nesse caso da “Menina Fácil” quando nos demais, a informação é a arma de proteção. O cidadão nunca deve ligar para números passados pelos golpistas, nem clicar em nada que enviem.
“O correto é fazer o contato com a instituição de onde o golpista diz ser, mas depois de desligar o telefone. Não aceite ficar em linha e nem fazer nada para resolver o problema obedecendo orientações deles”, diz o delegado.
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