Museu Itinerante chega a Campinas com obras que estimulam reflexão sobre a água

Tão indispensável à vida e com o risco iminente de escassez em diversos municípios paulistas, a água tem se tornado alvo de inúmeros debates e aparições na imprensa. Nada mais relevante que trazer a discussão para o âmbito cultural por meio de uma mostra que, inclusive, já está marcada para estrear na Estação Cultura no início de março. A exposição itinerante Arte/Água: essenciais para a vida, com abertura marcada para o próximo dia 4, apresenta 40 reproduções de obras consagradas de diferentes artistas brasileiros e internacionais, com o objetivo de estimular reflexões sobre o tema mais relevante da atualidade.

"A proposta desta curadoria é dialogar com o público através de importantes obras de arte sobre este fascínio, mas também alertando de forma enriquecedora e lúdica sobre a importância da água e sua preservação", afirma a curadora Vera Barros.

A iniciativa faz parte do projeto Museu Itinerante, patrocinado em São Paulo pela multinacional brasileira de TIC e BPO Algar Tech e realizado pela produtora Elo3 Integração Empresarial, que já beneficiou cerca de 300 mil visitantes durante seus seis anos de trajetória. "Queremos criar um espaço cultural itinerante, que possa ser instalado em qualquer local, como comunidades carentes, fazendas, parques, grandes centros urbanos ou pequenas cidades. Além de expor obras de artistas já renomados, nacionais e internacionais, a ideia é abrir um espaço para que artistas locais também possam expor seus trabalhos", explica Barros. Nesta mostra, estarão representadas as artistas Celina Carvalho e Maricel Fermoselli, com forte atuação na Região Metropolitana de Campinas.

O projeto oferece o privilégio de se ter em um só local, aberto ao público e gratuito, reproduções de obras mundialmente famosas, que foram peças-chave de movimentos como o impressionismo e o dadaísmo. Seus originais se encontram distantes de grande parte do público ou fazem parte de coleções privadas. É o caso de As férias de Hegel, de René Magritte, de propriedade particular, e da Noite Estrelada sobre o Ródano, de Vincent Van Gogh, cujo original se encontra no Museu de Orsay, em Paris.

De acordo com dados do Ministério da Cultura de 2009, apenas 21,9% das cidades brasileiras possuem um museu. Nesse sentido, as exposições volantes ajudam a atenuar a extrema desigualdade no acesso à cultura, além de contribuir para a formação de professores e alunos da rede pública de ensino. "Temos uma preocupação constante em levar a cultura para todas as cidades da nossa área de atuação, por meio de ações do Instituto Algar. Ser parceiro de um projeto que procura levar ambientes culturais para toda sociedade está muito alinhado com os valores da Algar", afirmou o diretor presidente da Algar Tech, José Antonio Fechio.

Sobre o Museu Itinerante

Criado em 2008, o Museu Itinerante é um projeto de democratização cultural, constituído por uma exposição de reproduções de obras de arte, aliado a uma proposta de arte educação multidisciplinar, propondo o ensino das artes como parte do processo de ensino, integrando os saberes e os tornando mais atraentes. Durante os seis anos de trajetória, o projeto percorreu 42 cidades em 12 estados brasileiros, beneficiando cerca de 300 mil visitantes e mais de 25 mil alunos de escolas públicas.

Sobre Vera Barros

É educadora e artista plástica. Foi responsável pela implantação do Departamento Educativo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Educativo MAM, entre 1997 e 2005, e colaborou como consultora para a Escola São Paulo para conceituar e produzir a programação do ano 2007. Também trabalhou na execução e desenho de projetos educativos, formação de equipes para instituições culturais e museus e formação de professores. Já participou de seminários e palestras sobre arte–educação, além de pesquisar e elaborar  textos e projetos gráficos em várias cidades do Brasil e Estados Unidos.

Sobre o Instituto Algar

A melhoria da educação e o desenvolvimento do ser humano são pilares que sempre direcionaram o trabalho do Instituto Algar. Desde 2002, atua na área social, com o objetivo de contribuir para a formação de educadores e alunos de escolas públicas. Hoje, mais de 10 anos depois, o investimento foi potencializado e o trabalho para as áreas cultural e ambiental ampliado. A empresa acredita que este tripé é a base para o crescimento sustentável do país. Por meio do Instituto Algar, as empresas Algar investem na comunidade. Em 2013, foram realizados 4 programas sociais com foco na formação continuada envolvendo 130 escolas, 300 educadores e 4 mil alunos em 20 cidades. Na área cultural foram investidos R$ 7,3 milhões em 32 iniciativas, por meio de projetos nas instâncias federal, estadual e municipal.