Publicado em 26/05/2020 às 11h18 Brasil Economia
Da Redação
Pesquisas realizadas pelo Sebrae desde o anúncio da crise do coronavírus, mostram que o isolamento horizontal atingiu em cheio os pequenos negócios em praticamente todos os setores da atividade econômica; mas foi especialmente prejudicial para as mulheres empreendedoras. Segundo estudo feito pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, as mulheres foram mais afetadas pela crise (52% paralisaram “temporariamente” ou “de vez” suas atividades, contra 47% nos homens). Além disso, a proporção de empresárias com dívidas em atraso (34%) é maior que a encontrada entre os homens (31%).
O último levantamento feito pelo Sebrae entre os dias 30 de abril e 5 de maio, mostra que nos empreendimentos liderados por mulheres há, em média, há 3 pessoas ocupadas (os homens à frente de negócios têm – em média – 4 pessoas ocupadas). Na mesma medida, as mulheres demitiram menos. Aquelas que demitiram, dispensaram 2 pessoas em média. Enquanto entre os homens que demitiram, dispensaram 3 funcionários, por força das perdas provocadas pela pandemia. O levantamento do Sebrae e FGV mostrou ainda que as mulheres utilizaram um pouco mais a suspensão do contrato de trabalho (31%) do que os homens (27%).
A dificuldade de acesso a crédito enfrentada por empresárias, já identificada em outras pesquisas do Sebrae, se torna ainda mais evidente no momento da crise. 44% das mulheres donas de negócio entrevistadas afirmaram nunca terem buscado um empréstimo bancário, contra 38% dos homens. E desde o início da pandemia, apenas 34% das mulheres, de fato, já buscaram empréstimos (contra 41% dos homens). Essa tendência se confirma no dado de que, nessa crise, as mulheres pretendem pedir menos empréstimos que os homens (54% contra 64% dos homens).
Resultados
Por outro lado, as mulheres estão buscando mais soluções digitais que os homens para continuar funcionando (34% contra 31%) e avançaram mais que os empresários do sexo masculino no sentido de implementar as vendas on-line. O estudo do Sebrae revelou ainda que elas estão ligeiramente mais otimistas que os homens sobre quanto tempo vai demorar para a economia voltar ao normal (10 meses contra 11 meses no caso dos homens). Confira os resultados:
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